Meia volta, volver!
Jogando todas as suas fichas em Kamala Harris, sem dar ouvidos para os conselheiros que há tempos lhe recomendavam para ficar equidistante da disputa e o alertavam para o fato de que as chances de derrota dela eram maiores do que as possibilidades de êxito, Lula colocou o bedelho diversas vezes na campanha eleitoral norte-americana para manifestar seu apoio à companheira esquerdista.
Até aí vá lá, ainda que tal conduta configurasse uma flagrante contradição às suas reiteradas declarações de que “não gosta de se meter na eleição de outros países”.
De qualquer modo, esses costumeiros deslizes do Grande Guia do PT não têm nenhuma relevância, já que, em termos de importância no âmbito da política internacional, sua opinião e nada são rigorosamente a mesma coisa.
O pior, no entanto, foram as constantes ofensas que ele proferiu contra Donald Trump, chegando a associar o candidato republicano, agora presidente eleito dos Estados Unidos, ao nazismo e ao fascismo.
Lula apostou alto, perdeu feio e teve que recolher-se à sua insignificância, dando um salto triplo carpado para engolir tudo o que disse anteriormente e expressar em rede social seus cumprimentos ao próximo mandatário da nação mais poderosa do planeta, que certamente não lhe devota a menor simpatia.
Eis a íntegra, visivelmente encabulada, da nota:
“Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”.
É a isso que se chama, no linguajar popular, de botar o rabo no meio das pernas.
2 comentários
Joseé Carlos Reisdorfer · 09/11/2024 às 23:56
Boa noite !
Edgard Mondadori Filho · 09/11/2024 às 15:41
Excelente artigo prezado jornalista Caio.
Dizem os ingleses que não há nada mais tolo que um homem velho tolo.
Cada vez que o presidente do Brasil abre a boca é uma sequência de asneiras, sandices, grosserias e afirmações singelamente estúpidas, sem nexo nem respeito.
A última, como vc bem ressaltou, foi a intromissão na eleição americana, onde para variar resolveu “apoiar ” a candidata que perdeu. Está decrépito, daqui até o final do mandato vai ser um vexame atrás do outro,