O homem certo, no lugar certo

Em seu discurso na abertura da reunião com governadores para debater a Proposta de Emenda Constitucional que visa a criação de um sistema nacional de segurança pública, sob o comando centralizado da União, para combater o avanço das organizações criminosas no país, Lula deu uma aula sobre o assunto.

Do alto de sua longa experiência como chefão do PT, que lançou o propinoduto do Mensalão, gerenciado pelo Zé Dirceu, e depois, em conluio com ilustres políticos de outras siglas e figurões do grande empresariado, protagonizou o esquema que saqueou bilhões de reais da Petrobras, no maior caso de corrupção da história mundial, o presidente ungido pelas urnas eletrônicas afirmou que “o crime organizado está crescendo, é poderoso, está envolvido em todos os setores da sociedade, e ficará incontrolável se não houver um pacto federativo para enfrentá-lo”.

Com seu profundo conhecimento de causa, o petista alertou que “logo, logo, o crime organizado vai estar prestando concurso, indicando juiz, procurador, político”, e enfatizou que o seu governo está disposto a discutir quantas horas forem necessárias “para apresentar uma proposta definitiva de combate às facções criminosas, que estão em quase todos os Estados, disputando eleições, elegendo vereador e, quem sabe, indicando pessoas para ocupar cargos importantes nas instituições brasileiras”.

Aliás, isso já acontece, não é mesmo?

Sem corar, Lula também ensinou que “o crime organizado não é mais o bandido comum que a gente estava acostumado a lidar. Hoje é uma organização. É uma formação sistematizada e organizada”.

Verdade. Que o diga a Operação Lava Jato.

Enfim, é um alívio constatar que temos no Palácio do Planalto o cara mais bem preparado para resolver o problema.