Moro ganha no TRE, mas a batalha final será no TSE
Era pule de 10 que o senador Sergio Moro seria absolvido no Tribunal Regional Eleitoral das fantasiosas acusações de ter extrapolado o limite de gastos na campanha política em que conquistou seu mandato em 2022.
Desde muito antes do desfecho do caso, pela postura conhecida da maioria dos desembargadores que integram a Corte estadual, já circulava nos meios jurídicos e nos noticiários da imprensa a avaliação de que Moro venceria esse round nos processos movidos pelo PL e pelo PT, o primeiro impulsionado pela cobiça de abocanhar a vaga dele em uma possível eleição suplementar, e o segundo motivado principalmente pela sede de vingança contra o ex-juiz da Lava Jato que condenou e colocou na cadeia alguns dos mais ilustres figurões da sigla envolvidos na quadrilha que saqueou bilhões de reais da Petrobras no maior escândalo de corrupção da história do país.
Mas como o jogo só acaba quando termina, os autores das ações prometem agora recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, apostando que terão melhor sorte em um colegiado aparelhado por ministros pouco simpáticos ao senador paranaense, adeptos do ativismo judicial e umbilicalmente ligados ao petismo.
A conferir.
Merece, aliás, um registro especial o lindo ato de gratidão e lealdade dos desembargadores Julio Jacob Junior e José Rodrigo Sade, providencialmente nomeados por Lula a tempo de atuar no julgamento, que retribuíram exemplarmente a benesse votando a favor da cassação de Moro, mesmo sabendo de antemão que seriam derrotados pelos outros cinco colegas.
Fizeram a sua parte.
Isso é que é fidelidade canina.
