Davos é uma festa
Como vem acontecendo desde 1971, realizou-se em janeiro mais uma edição do Fórum Econômico Mundial de Davos, o festejado encontro internacional das elites políticas, empresariais, acadêmicas e artísticas convocadas anualmente para discutir os grandes desafios globais e as suas possíveis soluções.
Foram cinco dias de acalorados debates sobre problemas como mudanças climáticas, emissão de gases de efeito estufa, devastação de florestas, poluição do meio ambiente, inteligência artificial, distribuição de renda, epidemias, fome e guerras.
Essa foi a programação desenvolvida sob a luz do sol.
Já ao cair da noite, uma boa parte da turma esquecia-se das preocupações com o futuro da humanidade para se entregar ao mais antigo dos prazeres mundanos, engordando as contas bancárias das refinadas prostitutas que, vindas de vários países europeus, afluíram à pequena e gélida cidade suíça para alegrar e aquecer seus ilustres e ricos visitantes.
O fato é que nos últimos anos o Fórum Econômico Mundial tem sido um cenário propício para o comércio do sexo.
A tal ponto que o proprietário de um aplicativo de acompanhantes de luxo afirmou a um portal de notícias que, ao longo da conferência, todos os provedores desse tipo de serviço ficaram “completamente reservados” para atender dezenas de confraternizações que ocorreram na, digamos, “agenda social” do evento.
Talvez seja esse o principal motivo para o pessoal estar tão empenhado em querer salvar o planeta.
