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O que é isso, companheiro?

Publicado por Caio Gottlieb em

É constrangedor, mas compreensível, o silêncio de Lula diante do recuo de Nicolás Maduro do compromisso assumido com os Estados Unidos e vários outros países, incluindo o Brasil, de permitir a mais ampla participação de seus adversários nas eleições presidenciais da Venezuela marcadas para o segundo semestre deste ano.

Afinal, como poderia o petista criticar o seu ditadorzinho de estimação depois recebê-lo no Palácio do Planalto com tapete vermelho, banda de música e honras de Estado, nos envergonhando perante o mundo civilizado?

Recriminado com veemência pela esmagadora maioria dos governos latino-americanos, o golpe de misericórdia na tentativa de restabelecimento da normalidade democrática na desafortunada nação vizinha, comandada com mão de ferro há mais de duas décadas pela sanguinária tirania instaurada por Hugo Chávez e continuada por seu canhestro discípulo, acaba de ser dado pelo Tribunal Supremo do país ao ratificar a inabilitação política de María Corina Machado e tirá-la de disputas eleitorais pelos próximos 15 anos.

Vencedora das primárias (posteriormente anuladas pela Justiça sem qualquer fundamento legal) realizadas em outubro do ano passado, quando levou multidões às ruas em atos de campanha, Corina era a única líder de oposição que havia restado no páreo com boas chances de impor uma derrota ao déspota bolivariano.

Todos os demais candidatos contrários ao regime chavista foram sendo vetados, um a um, sob os mais infames argumentos jurídicos produzidos pela alta Corte venezuelana, inteiramente nomeada por Maduro e disposta a afrontar todas as leis, sem o menor pudor, para atender suas vontades.

Não estamos por aqui muito longe disso.

Categorias: OPINIÃO

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