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Collor preso: como se mata dois coelhos com uma só paulada

Publicado por Caio Gottlieb em

Fernando Collor de Mello amanheceu algemado, e boa parte do Brasil amanheceu anestesiada. Nas redes sociais, uma torrente de aplausos: enfim, justiça! Enfim, um corrupto atrás das grades! Bravo, Alexandre! Bravo!

Mas como todo espetáculo grandioso demais para ser espontâneo, convém baixar a cortina e espiar o que se passa nos bastidores.

A prisão do ex-presidente da República — primo, não por acaso, do ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello — está longe de ser apenas o triunfo moral que a narrativa oficial tenta vender. De fato, Collor foi condenado. De fato, sua biografia política nunca ostentou a pureza dos lírios. Mas por que agora? E por que com essa fúria seletiva que o Supremo Tribunal Federal parece reservar apenas a desafetos convenientes?

Fontes muito bem informadas relatam que a verdadeira motivação da prisão, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, atende por outro nome: retaliação.

Desde que pendurou a toga, Marco Aurélio vem disparando críticas públicas contra o comportamento imperial de Xandão, denunciando o esfacelamento do devido processo legal, as penas draconianas aplicadas aos manifestantes de 8 de janeiro e a condução enviesada dos processos contra Jair Bolsonaro.

As palavras de Marco Aurélio, decano de mais de três décadas de STF, têm peso — e têm irritado profundamente quem hoje comanda a corte como um feudo pessoal.

Não seria surpreendente, portanto, que a prisão de Collor tenha vindo como um aviso de advertência travestido de ato de justiça: “Fale mais, e quem paga é a família”. Afinal, o sobrenome Mello pesa dos dois lados dessa história.

O contraste é gritante. O mesmo STF que, nos últimos anos, anulou condenações da Lava Jato, descondenou políticos ilustres, apagou multas bilionárias e tratou corruptos com o carinho de uma mãe aflita, agora desfere seu rigor máximo sobre um alvo enfraquecido, como quem escolhe a dedo a presa mais vulnerável para uma demonstração de força.

E há ainda outro ingrediente nesse roteiro: a necessidade urgente de fabricar uma manchete que abafasse o odor pestilento do mais recente escândalo do governo — as fraudes bilionárias no INSS, que atingiram em cheio o Ministério do Trabalho e expuseram mais uma vez a velha vocação do lulismo para o “gerenciamento” de verbas públicas.

Assim, a prisão de Collor cumpre dupla função: vingar a ousadia crítica de Marco Aurélio e empurrar para a penumbra o rombo do INSS. Uma tacada de mestre em matéria de manipulação da narrativa.

No fim das contas, Collor não foi preso apenas por seus pecados passados. Foi preso também — e talvez principalmente — porque alguém precisava ser sacrificado em praça pública. E, claro, porque ousaram afrontar o novo monarca da Praça dos Três Poderes.

Bravo, Alexandre! Bravo! Só falta agora prender a consciência do Brasil.

Categorias: OPINIÃO

5 comentários

Marco Pado · 27/04/2025 às 00:18

O tempo desses ditadores já acabou e eles sabem disso serão jogados na lata do lixo da história e isso é só desespero das trevas mas a luz venceu.

Ney Alvares Cabral · 26/04/2025 às 12:21

Já perdemos muito tempo e dinheiro com este psicopata no trono auto-fabricado para reinar sobre os 3 poderes. É preciso enxotar logo esta peste para voltarmos a crescer e sermos felizes.

Carlos Nascimento · 26/04/2025 às 07:32

Revoltado com tudo que está acontecendo em nosso pais Brasil

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa

    PAULO SATO · 27/04/2025 às 13:23

    Só povo com.fluor na água um desequilibrado mental como xandao do PCC, se cria. Em pais de pessoas com cognição iriam atrás dos atores contratados 6para fazerem papel de vândalos no dia 8 de janeiro . O foco seria os atores que iriam dizer a verdade. Foram pagos para fazerem o que fizeram , ou seja sua pena seria reduzida a quase nada. Mas os atores estão soltos e os patriotas presos.
    Se os atores contratados pela globo , a mando de Zé Dirceu falassem , como a tal Ana Priscila Azevedo, que mostrou o vandalismo que fez e termina com” o missão dada , missão cumprida, pode fazer o pix ” a verdade viria a tona e ninguém falaria de anistia pq ela também estava no roteiro .

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