Ratinho tá no jogo

Num cenário político em que a direita brasileira busca novos nomes para a próxima disputa pelo Palácio do Planalto, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não consiga viabilizar a candidatura, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, começa a ocupar com firmeza o radar das lideranças nacionais — e, mais importante, das pesquisas de intenção de voto. Não se trata apenas de simpatia partidária ou empolgação circunstancial. Há números, realizações e articulações concretas para respaldá-lo.

Com dois mandatos bem avaliados e índices inéditos de aprovação por parte dos paranaenses — 80,2%, segundo levantamento recente – , Ratinho reúne atributos que o cacifam como uma alternativa viável, sólida e competitiva para 2026.

Desde que assumiu o governo em 2019, promoveu uma transformação estrutural no estado. Apostou na digitalização da máquina pública, desburocratizou processos, adotou planejamento estratégico e tornou o Paraná referência em governança, inovação e atração de investimentos. Os dados confirmam: o PIB paranaense saltou de R$ 440 bilhões, em 2018, para R$ 719 bilhões em 2023, consolidando o estado como a quarta maior economia do país.

Esse avanço não aconteceu por acaso. Foi impulsionado por uma agenda de investimentos em logística e infraestrutura — como a nova modelagem de pedágios e a ampliação do Porto de Paranaguá —, aliada a uma política de incentivo ao setor produtivo, foco em tecnologia e sólida gestão fiscal.

A área educacional também se destacou: o Paraná lidera o país com o melhor IDEB entre os estados. Na saúde, sua condução durante a pandemia foi elogiada pela celeridade na vacinação e pela ampliação da rede hospitalar. E na segurança pública, os números indicam uma queda expressiva nos índices de criminalidade, graças à modernização das forças policiais e ao investimento em inteligência.

O reconhecimento local se converte agora em projeção nacional. O presidente do PSD, Gilberto Kassab — uma das raposas mais habilidosas da política brasileira — já declarou que, se o partido tiver candidato à presidência da República, será Ratinho Júnior. E como se sabe, Kassab não prega prego sem estopa. Hoje, ocupa a Secretaria de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, núcleo central da articulação política do estado mais importante do país. Ou seja, ele está no centro do grande tabuleiro político nacional, e quando mexe uma peça, raramente é por acaso.

Esse esforço de projeção encontra eco nas pesquisas. A mais recente sondagem do Instituto Paraná Pesquisa mostra Ratinho Júnior com 16% das intenções de voto em um possível confronto com Lula — atrás apenas de Tarcísio de Freitas e Michele Bolsonaro entre os nomes da direita, e à frente de governadores como Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO). Isso indica que, além de boa gestão e aprovação local, ele já começa a ser percebido como um candidato competitivo por uma parcela significativa do eleitorado nacional.

Jovem, pragmático e avesso a radicalismos ideológicos, Ratinho representa uma nova geração de lideranças políticas. Seu estilo direto, técnico e conciliador agrada a setores diversos e o torna capaz de dialogar tanto com empresários quanto com o eleitorado popular. Soma a isso uma imagem de gestor comprometido, com resultados entregues, e uma habilidade notável para comunicar e liderar com naturalidade — qualidades raras e cada vez mais valorizadas num ambiente político polarizado.

Diante das dificuldades de Bolsonaro e da fragmentação das forças à direita, o cenário de 2026 exige novas lideranças. E Ratinho Júnior, com sua gestão eficiente, popularidade histórica e crescente presença no debate nacional, desponta como uma das opções mais promissoras.

Não se trata apenas de vontade política — mas de credenciais concretas. E, se decidir entrar na corrida, não será como coadjuvante. Será como alguém que, com base no que fez e está fazendo no Paraná, tem o que apresentar ao Brasil.