Quanto mais “quente”, melhor
Uma pequena nota publicada na seção Radar Econômico da edição impressa da revista Veja que chegou às bancas no último dia 18 trouxe uma grande notícia para os paranaenses, especialmente para os que vivem, trabalham e produzem no Oeste do Estado.
Intitulada “Todo mundo quer”, a matéria revela que “o interesse nas próximas concessões de rodovias no Paraná promete esquentar o setor de infraestrutura”.
E prossegue o texto: “A CCR é uma das empresas que estão de olho nos projetos. Dois lotes devem ser leiloados em dezembro, e outros dois, em 2025”.
A parte mais importante da informação está na frase final, dita por um empresário do segmento: “Vai ser uma briga de foice”.
Ou seja, o mercado está prevendo a participação de vários licitantes e uma disputa acirradíssima pelos contratos que estarão em jogo, um dos quais, o de número 6, envolve justamente o bloco de estradas federais e estaduais que cruzam a região onde se concentra o maior polo agroindustrial do Paraná, com pregão na Bolsa de Valores de São Paulo marcado para o dia 19 do último mês do ano.
Não poderia haver boa nova mais alvissareira, já que o vencedor da concorrência é aquele que oferece o maior desconto sobre o preço básico do pedágio.
Depois da frustração gerada pelas licitações do lote 1, que teve apenas dois interessados, e do lote 2, conquistado pelo único competidor inscrito, havia nos meios políticos e empresariais do Estado o receio de que os leilões restantes, pelas incertezas da conjuntura política e econômica do país, pudessem até não atrair ninguém.
Mas parece que esse temor, por ora, está dissipado e tudo indica que haverá diversos concorrentes dispostos a entrar na arena sabendo que, para abocanhar as concessões, terão que propor a menor tarifa possível.
É tudo o que a gente quer.