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Deu ruim no voo dos caças suecos…

Publicado por Caio Gottlieb em

Sujeito inconveniente é esse tal de passado que volta e meia, sem qualquer aviso, ressurge como um fantasma das profundezas do tempo para tirar o sossego de políticos que achavam que seus delitos, além de impunes, estavam esquecidos.

Eis que temos agora a assombrar e constranger o atual inquilino do Palácio do Planalto a notícia de que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos intimou a indústria aeronáutica sueca Saab para prestar esclarecimentos sobre a venda ao Brasil, dez anos atrás, de 36 jatos de combate do modelo Gripen, escolhidos pela FAB para renovar sua frota de caças, descartando o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, fabricado pela francesa Dassault.

Motivada por fortes suspeitas de corrupção, a decisão do governo norte-americano de esmiuçar os trâmites do contrato de 5,4 bilhões de dólares, que teve a negociação iniciada no segundo mandato de Lula e fechada em 2014 já na gestão de Dilma Rousseff, sendo considerada a maior aquisição militar já feita por um país da América Latina, ressuscita mais uma velha e rumorosa maracutaia petista que nunca foi devidamente apurada.

Embora já tivesse deixado a presidência quando a compra foi concluída, o pai dos pobres foi acusado pela Procuradoria da República no Distrito Federal da prática de tráfico de influência em favor dos suecos, detalhado na denúncia que afirmou que a compra das aeronaves e a prorrogação de incentivos fiscais concedidos a montadoras de automóveis foram autorizadas, em um único “pacote”, em troca de R$ 2,5 milhões supostamente repassados ao seu filho Luís Cláudio, um pixuléco que deve ser apenas a pontinha do iceberg.

Convém lembrar que o processo foi instaurado em 2016, a partir de informações levantadas pela Operação Zelotes, mas não chegou a ter o mérito julgado. Antes de sua aposentadoria no Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro Ricardo Lewandowski, hoje à frente do ministério da Justiça de Lula, deu uma canetada autocrática e trancou a ação. Companheiro é companheiro.

Eles só não imaginavam que os “gringos” fossem meter o bedelho no assunto e transformar o caso em um escândalo internacional que ainda promete dar o que falar.

Um descuido, aliás, de quem não leva a sério o profético capítulo 12, versículos 2 e 3, do Evangelho de Lucas: “Não há nada encoberto que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que vocês disseram às escuras será ouvido em plena luz; e o que disseram ao pé do ouvido no interior da casa será proclamado dos telhados”.

De resto, uma coisa é certa: o Departamento de Justiça norte-americano, que tem sob a sua jurisdição o FBI, não abriria uma investigação que envolve o presidente de uma nação amiga se não tivesse indícios concretos de conduta criminosa.

Ou seja, tem turbulência das brabas à vista.

Categorias: OPINIÃO

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