O ocaso do PT e o triunfo de Ratinho
Para uma agremiação política que já chegou a exibir 630 prefeitos, o PT tem muito pouco a comemorar nestas eleições, mesmo tendo conseguido aumentar de 183 para 248 o número de cidades que irá administrar no país a partir de janeiro.
Além de amargar o 9º lugar no ranking nacional (perdendo até para o destroçado PSDB), o partido só venceu em cidades inexpressivas e não ganhou em nenhuma das capitais, ainda que alimente, para o segundo turno, esperanças de vitória em quatro delas.
Para piorar ainda mais sua humilhação, a sigla comandada por Lula não emplacou sequer uma única prefeitura no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá.
O Paraná também mostrou nas urnas sua rejeição ao PT, reduzindo de 8 para apenas 3 os municípios que serão geridos pelo partido, e consagrando, ao mesmo tempo, a alta aprovação de Ratinho Junior, o governador que mais ajudou a eleger prefeitos em todo o Brasil, levando à vitória seus correligionários do PSD em 162 dos 399 municípios do Estado, além de continuar na briga em Curitiba e Londrina.
Nesse ritmo, o Paraná provavelmente venha ser declarado no próximo pleito como área livre do lulopetismo. Vamos orar para tal.
Aliás, foi até divertido ver a presidenta nacional do partido, Gleisi Hoffmann, ao comentar os resultados da eleição, repetir a velha e gasta ladainha de que o desempenho pífio de seus candidatos na disputa deve-se à “desconstrução injusta” sofrida pelo PT com o envolvimento dos seus principais líderes no escândalo de corrupção na Petrobras.
Bom ouvir isso: é mais uma prova dos inestimáveis serviços que a Operação Lava Jato prestou à nação.