A fila andou? Não, a fila cresceu!
Se tem algo que anda rápido neste governo, definitivamente não é a fila do INSS. Ah, mas como esquecer das promessas de campanha? Daquele discurso inflamado contra a desumanidade bolsonarista, que deixava milhões de brasileiros esperando meses (ou anos) por suas aposentadorias e benefícios?
Pois bem, eis que o tempo passou, Lula voltou ao poder e… a fila também voltou. E voltou com força!
Em novembro de 2024, a fila do INSS já acumulava 1.985.090 requerimentos pendentes, um número que se aproxima perigosamente do recorde de Bolsonaro em janeiro de 2020, quando chegou a 2.032.000. Isso mesmo! Aquele número que foi exaustivamente criticado pelo petismo agora está quase sendo batido pelo próprio petismo. Ironia? Coincidência? Ou só mais uma daquelas realidades inconvenientes que o governo finge que não existem?
É verdade que houve um tímido recuo no primeiro semestre de 2023, mas a fila voltou a crescer a partir de julho e não parou mais. E agora, o que dizer? Será que a culpa ainda é do governo anterior? Ou será que a fila do INSS faz parte de um projeto de memória afetiva, para que os aposentados nunca se esqueçam do governo que os faz esperar tanto?
Enquanto isso, o trabalhador que deu duro a vida inteira segue aguardando. A diferença é que, agora, ele tem um consolo: pelo menos pode esperar com a certeza de que, no palanque, as promessas foram lindas. Já a realidade… Bom, a realidade segue na fila.
