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Tríplice Fronteira se mobiliza para abrir ao tráfego a nova ponte Brasil-Paraguai

Publicado por Caio Gottlieb em

Da Assessoria de Imprensa

O Codetri (Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu) deu início a um movimento pela abertura da Ponte Internacional da Integração Brasil–Paraguai para o trânsito de veículos. Ligando Foz do Iguaçu e Presidente Franco, a via está concluída, restando o término dos serviços complementares para a entrega completa da obra.

O pedido se justifica porque as áreas de checagem de documentos imigratórios e de liberação de carros de passeio na margem paraguaia estão previstas para serem concluídas nos próximos meses. Assim, o pleito do Codetri é para a abertura do tráfego, inicialmente para veículos de turismo, de modo seguro e sob controle aduaneiro, mediante arranjo entre as autoridades dos dois países, e para o avanço progressivo na utilização da ponte.

Na cidade vizinha, já existe acesso entre a Ponte da Integração e o centro, estrutura que será substituída futuramente por obras mais complexas. E o lado iguaçuense dispõe de estradas entre a ponte e a atual aduana da Argentina, que poderá ser empregada para os procedimentos e controles na zona primária em território brasileiro.

A campanha do Codetri para antecipar a abertura da segunda ponte Brasil–Paraguai começou com visita técnica às obras, nas duas cabeceiras, que possibilitou o registro de imagens e coleta de informações para embasar o pedido. E incluiu agenda com o prefeito de Presidente Franco, Roque Godoy, que assegurou o seu apoio à mobilização dos conselhos fronteiriços.

“Avaliamos a proposta entre os conselhos de Foz do Iguaçu, Presidente Franco, Ciudad del Este e Puerto Iguazú, e a submetemos à avaliação de técnicos, agentes públicos de vários órgãos e especialistas na questão aduaneira”, explicou o presidente do Codetri, Roni Temp. “Abrir a ponte nos próximos meses não só é factível como é uma necessidade”, atestou.

Presidente do Codefran (Conselho de Desenvolvimento de Presidente Franco), Ivan Leguizamón explicou que as obras para serviços migratórios no lado paraguaio estão programadas para serem entregues em setembro. “Queremos que a abertura seja, a princípio, para veículos de turismo, iniciando o fluxo e também descongestionando o movimento da Ponte da Amizade, pois haverá mais uma opção para se atravessar a fronteira”, exemplificou.

Agora, os conselhos realizarão reuniões com órgãos governamentais em seus países e ampliarão o diálogo com a sociedade sobre a viabilidade da abertura da Ponte da Integração. Além de detalhar a funcionalidade da proposta, o Codetri irá expor o temor de problemas com novos atrasos, como no passado, em outras obras, caso as medidas operacionais sejam adotadas só com o fim do serviço, estimado para 2025.

O Codetri é formado pelo Codefran, Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu), Codeleste (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental de Ciudad de Este) e Codespi (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Puerto Iguazú). Constitui uma experiência pioneira de governança entre sociedade civil e poder público para o desenvolvimento do território, abrangendo as cidades da Argentina, Brasil e Paraguai.

A proposta de antecipar a abertura da segunda ponte trará ganhos imediatos para o comércio e o turismo das Três Fronteiras, avaliam os conselhos de desenvolvimento. O trânsito mais fluido facilitará a circulação de moradores fronteiriços e de turistas na região, que já possui seus segmentos econômicos integrados e comporta um polo de ensino superior que requer deslocamentos.

Fora isso, irá ajudar a desafogar o trânsito sobre a Ponte da Amizade, na qual os veículos leves somam mais de 90% da circulação total, com uma nova conexão entre Brasil e Paraguai. O próximo passo, aberta a Ponte da Integração para veículos de turismo, será estudar a viabilidade da sua utilização para a passagem de caminhões sem carga, pois hoje o trânsito em Presidente Franco ainda não possui vias preparadas para receber essa frota que percorre a fronteira para carregar ou retornar de entregas.

Levantamento do Codetri aponta que passam diariamente pela Ponte da Amizade cerca de 600 caminhões, em que 360 (60%) estão vazios. Como as liberações dão prioridade para as cargas embarcadas, hoje os caminhões em lastre permanecem estacionados nas extensões de áreas próximas à ponte, em congestionamentos nas duas margens da fronteira.

As obras complementares não ficaram prontas no mesmo prazo da Ponte da Integração, que foi 100% concluída em agosto de 2023, conforme o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), que administra os empreendimentos. O atraso ocorre devido a alterações no projeto inicial e a demandas que foram mediadas na Justiça.

Categorias: OPINIÃO

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