Esse é companheiro
Indicado para o Supremo Tribunal Federal por Lula, depois de longa carreira advogando para os sindicatos do ABC ligados ao PT, o ministro Ricardo Lewandowski não perde a oportunidade de demonstrar a sua eterna gratidão.
Em mais um bonito gesto de lealdade ao padrinho, ele suspendeu o andamento de duas investigações contra o ex-presidente por corrupção, que tramitam na primeira instância.
São processos da Lava Jato enviados à 10ª Vara Federal de Brasília relacionados a doações da Odebrecht, de onde teriam saído recursos para a compra de um terreno para o Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo.
Válida até que a Corte analise o pedido feito pela defesa de Lula para anulação das ações penais, a determinação de Lewandowski baseou-se na decisão do STF que extinguiu, com a malandra tese da parcialidade, as condenações contra o petista impostas pelo ex-juiz Sergio Moro.
Obviamente, não existe qualquer dúvida sobre o desfecho desses e de outros casos envolvendo Lula. Todos serão devidamente varridos para debaixo do tapete.
No final de tudo, quando não houver mais um único resquício da Lava Jato, só restará ao STF mandar devolver aos injustiçados corruptos os 5 bilhões de reais que eles entregaram aos cofres públicos na negociação dos acordos de leniência e delação premiada em que confessaram ter embolsado a dinheirama no esquema de roubalheira na Petrobras.
Junto, é claro, com um pedido de desculpas pelo lamentável engano.