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É por nossa conta

Publicado por Caio Gottlieb em

Consagrado pelo apelido de “cotão”, o dinheiro público a que os congressistas brasileiros têm direito para torrar com quase tudo o que se possa imaginar vem ajudando a tornar mais amenas as agruras da vida de muitos políticos.

Ainda que exista um limite mensal de gastos, que pode variar de 30 mil a 45 mil reais, de acordo com o estado pelo qual o senador ou deputado foi eleito, o valor permite, na prática, até dobrar o salário dos nossos dignos representantes, que hoje beira os 34 mil.

O melhor da história é que não precisa nem mesmo comprovar a conexão das despesas com a atividade parlamentar: basta apresentar as notas para obter sem grande burocracia o ressarcimento da grana, que sai, é claro, dos impostos que pagamos.

Veja, por exemplo, o que você andou bancando ultimamente para três dos principais arautos da moralidade na CPI da Covid no Senado.

Em plena pré-campanha para o governo do Amazonas, Omar Aziz vem usando 40 mil reais por mês para investir em comunicação e marketing, exibindo sua participação no circo.

Já o Randolfe Rodrigues utilizou a verba para fretar um avião e viajar com todo o conforto para participar de ato político no interior do Amapá.

Revelando seus refinados hábitos gastronômicos, Humberto Costa botou a mão no cotão para pagar esfirras, torta de chocolate, profiteroles e limão espremido na água com gás.

Como se percebe, os princípios éticos alardeados por certos homens públicos são bastante flexíveis e maleáveis para se dobrarem a uma boa mordomia.

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3 comentários

Francisco Valadares · 20/06/2021 às 22:03

Nao sei pq estao ai a reclamar agora ou achar imoral algo que sempre foi feito desde que Brasil e Brasil. Mas, lembrem-se que os imorais e corruptos de ontem, sao os “anjinhos corretos” de hoje. Me engana que eu gosto.

    Marcelo · 21/06/2021 às 19:16

    Fossem só estes 3 era de boa. Agora é só olhar olhar por exemplo os gastos de combustível do nosso presidente enquanto deputado, é de se admirar a capacidade do tanque dos veículos.

Marcos Villanova de Castro · 19/06/2021 às 10:27

Eu não espero nada diferente desses canalhas, mas o que é mais imoral e absurdo é a própria existência do “cotão”, algo injustificável é que não tem similar em países civilizados

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