O país que se especializou em andar pra trás
Em entrevista recente às Páginas Amarelas da revista Veja, o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, escancarou o que muitos fingem não ver: o Brasil está parado no tempo e regredindo diante do avanço das grandes economias.
Enquanto o mundo aposta em produtividade, liberdade econômica e responsabilidade fiscal, o Brasil persiste em seu modelo de populismo fiscal, baixa eficiência e desprezo pelas reformas estruturais. O resultado, avalia o respeitado economista indiano, é um país cada vez menos competitivo, atolado em dívidas e incapaz de melhorar sua produtividade, que não sai do zero há décadas.
Gill alertou que, mesmo com crescimento pontual do PIB, a economia brasileira encolhe frente ao cenário global, e que o Brasil tende a se afastar ainda mais das nações ricas caso siga ignorando as reformas necessárias.
E concluiu com a frase que resume bem a situação: “Das grandes economias, o Brasil foi a mais mal gerida do mundo no ano passado.”
Mas, enquanto países sérios discutem inovação e eficiência, nós seguimos presos à velha armadilha do populismo. O governo gasta o que não tem, pressiona o Banco Central, demoniza o setor privado e acredita que empilhar déficits é um ato revolucionário.
No fim, o país continua rodando em círculos, sonhando com um futuro de potência global, mas sempre tropeçando no velho samba do estatismo em Brasília.