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Justiça ou perseguição? O risco de um Judiciário que legisla e governa

Publicado por Caio Gottlieb em

Renomado escritor e analista político, Roberto Motta tem se destacado por suas análises contundentes sobre os rumos do Brasil. Com uma trajetória marcada pelo combate à criminalidade e pela defesa de princípios conservadores, ele se tornou uma voz influente no debate público nacional.

Em um artigo recente, publicado na Gazeta do Povo, Motta analisa com precisão o cenário político e jurídico do país, apontando para as possíveis consequências da crescente judicialização da política.

No texto intitulado O julgamento de Bolsonaro: as imprevisíveis consequências do resultado previsível, Motta denuncia o que considera ser um uso arbitrário da Justiça para eliminar adversários políticos.

Ele traça um paralelo com os processos enfrentados por Donald Trump nos Estados Unidos, mas argumenta que, no Brasil, a situação é ainda mais grave.

Segundo o autor, há uma clara tentativa de tutelar a política nacional por meio de decisões judiciais que extrapolam os limites legais.

O texto traz à tona um ponto crucial: a transformação da Justiça em um instrumento político. Motta alerta para as “inovações jurídicas” que, na prática, tornam políticos reféns de decisões irrecorríveis, mesmo após deixarem seus cargos.

Essa mudança de paradigma coloca em xeque não apenas a classe política, mas a própria soberania popular. Se eleitos podem ser afastados ou presos por decisões questionáveis, o que impede que essa lógica se estenda aos eleitores que os escolheram?

A crítica do autor vai além de Bolsonaro. Ele destaca a contradição de um sistema que, ao mesmo tempo em que busca punir um ex-presidente popular, investe na suavização de penas para criminosos comuns. A ironia do chamado “Pena Justa”, que, segundo Motta, deveria ser renomeado para “Crime Justo”, é uma demonstração de como as prioridades do Estado estão desalinhadas com a realidade da população.

O artigo é um alerta necessário. Ao expor o que considera ser um desequilíbrio na relação entre Poder Judiciário e democracia, Roberto Motta traz à tona um debate essencial: qual é o limite da atuação dos tribunais na política? Se a Justiça pode definir quem pode ou não disputar eleições, ainda vivemos em uma democracia plena? São questões que não podem ser ignoradas.

Seja qual for o posicionamento ideológico do leitor, a opinião de Motta oferece uma reflexão indispensável sobre o futuro do Brasil. Afinal, um sistema em que juízes atuam como governantes e políticos são tratados como inimigos do Estado abre um precedente perigoso.

As consequências, como bem pontua o autor, são imprevisíveis.

Categorias: OPINIÃO

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