Bloco de Notas
Sergio Moro lidera corrida pelo governo do Paraná em 2026
O senador Sergio Moro (União) desponta como favorito na disputa pelo governo do Paraná em 2026, de acordo com um levantamento recente do instituto Paraná Pesquisas. Em todos os cenários estimulados – quando os entrevistados recebem uma lista de possíveis candidatos –, Moro lidera com ampla vantagem, chegando a ter mais de 20 pontos percentuais de diferença para os segundos colocados. Em um dos cenários, essa margem supera os 40 pontos.
Já no cenário espontâneo – quando o eleitor menciona um nome sem que lhe seja apresentada uma lista –, a situação se mostra diferente. Moro aparece com 1,5% das intenções de voto, enquanto 17,2% mencionam o atual governador Ratinho Júnior. Porém, Ratinho Júnior foi reeleito em 2022 e não poderá concorrer novamente ao governo estadual, sendo apontado como um possível candidato à Presidência da República em 2026.
O domínio de Moro nas pesquisas estimuladas reflete sua forte popularidade no Paraná, resultado direto do protagonismo que teve como juiz da Lava Jato. A operação, conduzida a partir de Curitiba, desmantelou o maior esquema de corrupção da história do país, levando à condenação e prisão de inúmeros réus, entre eles o atual presidente Lula, que ficou mais de um ano e meio na cadeia. Além das condenações, a Lava Jato garantiu a devolução de centenas de milhões de reais desviados dos cofres públicos.
Essa trajetória consolidou a imagem de Moro como um nome de peso no cenário político paranaense.
Veja os números da sondagem:
Espontânea (quando os nomes não são apresentados previamente para escolha do eleitor)
Ratinho Junior (PSD): 17,2%
Alexandre Curi (PSD): 1,6%
Sergio Moro (União): 1,5%
Rafael Greca (PSD): 1,0%
Roberto Requião (sem partido): 0,8%
Guto Silva (PSD): 0,4%
Enio Verri (PT): 0,1%
Darci Piana (PSD): 0,1%
Outros nomes citados: 1,1%
Ninguém/Branco/Nulo: 4,2%
Não sabe/Não opinou: 72,0%
Cenário 1 – Estimulada (quando o nome dos políticos é apresentado para escolha)
Sergio Moro (União): 49%
Rafael Greca (PSD): 26%
Guto Silva (PSD): 6,1%
Enio Verri (PT): 5,2%
Nenhum/Branco/Nulo: 9,4%
Não sabe/Não respondeu: 4,3%
Cenário 2 – Estimulada
Sergio Moro (União): 47%
Rafael Greca (PSD): 24,8%
Alexandre Curi (PSD): 11,2%
Enio Verri (PT): 4,8%
Nenhum/Branco/Nulo: 8,1%
Não sabe/Não respondeu: 4,1%
Cenário 3 – Estimulada
Sergio Moro (União): 50,5%
Rafael Greca (PSD): 26%
Enio Verri (PT): 5,6%
Darci Piana (PSD): 3,8%
Nenhum/Branco/Nulo: 9,9%
Não sabe/Não respondeu: 4,1%
Cenário 4 – Estimulada
Sergio Moro (União): 54%
Cida Borghetti (PP): 14,8%
Guto Silva (PSD): 7,4%
Enio Verri (PT): 5,9%
Nenhum/Branco/Nulo: 13,6%
Não sabe/Não respondeu: 4,4%
Cenário 5 – Estimulada
Sergio Moro (União): 51,1%
Cida Borghetti (PP): 14,2%
Alexandre Curi (PSD): 13,7%
Enio Verri (PT): 5,8%
Nenhum/Branco/Nulo: 11,1%
Não sabe/Não respondeu: 4,2%
Cenário 6 – Estimulada
Sergio Moro (União): 55,8%
Cida Borghetti (PP): 15%
Enio Verri (PT): 6,7%
Darci Piana (PSD): 4,0%
Nenhum/Branco/Nulo: 13,8%
Não sabe/Não respondeu: 4,7%
Guerra da Ucrânia: a visão imparcial de um economista
A Guerra da Ucrânia é um dos conflitos mais complexos e polarizados dos tempos modernos. Enquanto muitos reduzem a questão a uma batalha entre “bem e mal”, ignorando décadas de tensão geopolítica, o economista e analista político Jeffrey Sachs apresenta uma visão mais ampla e pragmática sobre suas origens. Longe de ser um defensor de Vladimir Putin ou um crítico irrestrito do Ocidente, Sachs busca entender o conflito a partir de seus antecedentes históricos, sem recorrer a narrativas simplistas.
A abordagem do economista, inclusive, foi destacada recentemente em um artigo do jornalista Luciano Trigo, publicado na Gazeta do Povo. Trigo analisa as ideias de Sachs e ressalta como seu olhar imparcial desmonta a visão predominante de que Putin é um ditador expansionista descontrolado, enquanto Zelensky é um líder heroico lutando pela democracia. O ponto de Sachs, segundo Trigo, não é justificar a invasão da Ucrânia, mas sim questionar o papel do Ocidente na escalada desse conflito e apontar caminhos para uma possível solução pacífica.
Segundo Sachs, um dos grandes fatores que contribuíram para a crise atual foi a expansão progressiva da OTAN para o leste europeu, algo que contraria diretamente um compromisso assumido pelos Estados Unidos com a Rússia nos anos 1990. Durante as negociações para a reunificação da Alemanha, o então secretário de Estado americano, James Baker, garantiu a Mikhail Gorbachev que a OTAN “não avançaria nem uma polegada para o leste”.
O que aconteceu depois? Exatamente o oposto. A aliança militar, criada para conter a União Soviética, não só não foi desfeita após o fim do bloco comunista, como passou a incorporar países estratégicos que faziam parte da esfera de influência russa. Em 1999, Polônia, Hungria e República Tcheca entraram na OTAN. Cinco anos depois, Estônia, Letônia e Lituânia – ex-repúblicas soviéticas – foram adicionadas à lista. Em 2008, os EUA e seus aliados declararam a intenção de incluir a Ucrânia e a Geórgia na aliança.
Para Moscou, isso representou uma ameaça direta à sua segurança. O próprio Henry Kissinger, um dos estrategistas mais influentes do século XX, alertou que forçar essa expansão levaria a um confronto inevitável. E não deu outra: em 2008, a Rússia atacou a Geórgia e, em 2014, após um levante que derrubou o presidente ucraniano Viktor Yanukovych – visto como pró-Rússia –, Moscou decidiu anexar a Crimeia.
Como Luciano Trigo pontua em seu artigo, Sachs não isenta a Rússia de culpa, mas também não ignora o papel ativo do Ocidente na deterioração dessa relação ao longo das últimas décadas.
Se em 2014 a anexação da Crimeia já havia acendido o alerta vermelho, a situação explodiu de vez em 2022, quando Putin decidiu reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk e, em seguida, invadiu a Ucrânia. Aqui, Sachs levanta um ponto crucial: essa guerra poderia ter sido evitada?
Para o economista, a resposta é sim. E um dos principais erros do Ocidente foi não aceitar um acordo de paz nos primeiros meses do conflito. Segundo ele, existia um entendimento razoável sendo negociado em Istambul, na Turquia, que previa garantias de segurança tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia. No entanto, Washington e Londres pressionaram para que as negociações fossem abandonadas, apostando na guerra como forma de enfraquecer Moscou.
A consequência disso? Um banho de sangue e um conflito prolongado, que já levou à morte de dezenas de milhares de soldados ucranianos. Luciano Trigo destaca esse ponto ao citar que Sachs vê Zelensky não como um líder independente, mas como alguém altamente influenciado pelos interesses dos EUA e da OTAN. Em vez de priorizar um cessar-fogo, a guerra se tornou uma ferramenta para desgastar a Rússia, com o povo ucraniano pagando o preço mais alto.
Outro ponto relevante levantado por Sachs – e destacado por Trigo – é o papel dos Estados Unidos não apenas como fornecedor de armas para a Ucrânia, mas como um ator decisivo nos rumos da guerra. Ele critica a ideia de que a segurança da Europa deveria depender da intervenção americana e argumenta que os europeus deveriam resolver seus próprios problemas, em vez de constantemente recorrerem a Washington.
Mas Sachs vai além: ele defende que a OTAN deveria ser dissolvida. Para ele, a aliança militar perdeu sua razão de existir após o fim da Guerra Fria e hoje funciona mais como um instrumento de dominação geopolítica dos EUA do que como uma organização de defesa legítima.
Luciano Trigo reforça essa tese ao destacar que, sem um inimigo claro para combater, a OTAN passou a atuar como um mecanismo para justificar intervenções militares e expandir a influência americana no cenário global. Em outras palavras, em vez de promover estabilidade, a aliança se tornou um fator de desestabilização.
A análise de Jeffrey Sachs, trazida à tona no artigo de Luciano Trigo, oferece um contraponto necessário à narrativa ocidental predominante sobre a Guerra da Ucrânia. Não se trata de defender Putin ou negar as atrocidades da guerra, mas sim de entender o que levou ao conflito e como ele pode ser encerrado da maneira menos destrutiva possível.
Em vez de continuar alimentando a guerra com mais armas e discursos inflamados, Sachs defende que a única solução viável é uma negociação que garanta a neutralidade da Ucrânia e a estabilidade na Europa. Caso contrário, o conflito pode se arrastar indefinidamente – ou pior, escalar para algo ainda mais catastrófico.
Olhando para o cenário atual, a pergunta que fica é: será que o Ocidente realmente quer paz ou está mais interessado em prolongar o sofrimento ucraniano para enfraquecer a Rússia? A resposta pode não ser tão simples, mas com certeza vale a reflexão.
Tripé da rejeição: manual de como afundar um governo em tempo recorde
Quem diria, não é mesmo? Aquele que um dia foi chamado de “o maior líder popular do Brasil” agora vê sua popularidade despencar mais rápido que um torcedor otimista do Vasco em ano de rebaixamento. E não adianta colocar a culpa na “mídia golpista” ou em conspirações cósmicas—o derretimento de Lula tem nome, sobrenome e, pasmem, um tripé bem sólido sustentando essa ruína: erros na economia, apatia política e desconexão com a realidade.
Os próprios aliados do presidente, aqueles que antes batiam palmas para qualquer discurso emotivo, agora reconhecem que o encanto acabou. Vamos dissecar essa tragédia política em três atos, descritos pela jornalista Roseann Kennedy em sua coluna no Estadão:
1. A bagunça econômica: quando o chefão desautoriza o cozinheiro
Nada como um líder que resolve brincar de Ministro da Fazenda e ignora qualquer conselho técnico. Lula fez questão de desautorizar Fernando Haddad sempre que possível, tornando a equipe econômica uma espécie de “grupo de apoio” para explicar suas falas desastradas. Falar que déficit fiscal zero era “inócuo” enquanto o país patina na economia foi só um dos momentos brilhantes.
As consequências? Investidores correndo mais que participantes do Big Brother fugindo de cancelamento, dólar e juros nas alturas, inflação comendo solta e o brasileiro sentindo o bolso cada vez mais leve. Para 90% da população, os preços dos alimentos subiram. Mas, calma, Lula já explicou: a culpa é do mercado malvado, dos banqueiros, da oposição, do neoliberalismo, do imperialismo e, se bobear, até do Mercúrio retrógrado.
2. Apatia política: o cansado de guerra
Lula, aquele que um dia foi um mestre na arte de conversar e negociar, hoje parece preferir viver numa bolha. Antigos aliados repetem o mantra: “Lula não é mais o mesmo”. E não é mesmo! Antes, ele fazia política como quem joga dominó na praça; agora, ignora deputados, senadores, governadores e até prefeitos que tentam desesperadamente salvar o governo nos estados.
O resultado? O apoio político minguando, aliados fingindo que não têm nada a ver com isso e o presidente cada vez mais isolado. É quase como um casamento desgastado: no começo, era amor, agora ninguém quer mais saber de conversar. A pesquisa Quaest confirma o óbvio: a maioria dos eleitores sente que Lula ignora completamente os problemas do seu estado.
3. Desconectado da realidade: o presidente global
Enquanto o brasileiro suava para pagar a conta do mercado, Lula estava ocupado acumulando milhas. Em seis meses, visitou 12 países, passou 31 dias fora do Brasil e fez questão de se meter em temas internacionais controversos. Afinal, por que se preocupar com saúde, segurança e inflação quando se pode cutucar Israel e estender tapete vermelho para Maduro?
O problema é que o eleitor brasileiro, ao contrário da bolha da esquerda radical, não acha graça em tretas geopolíticas. Resultado? O presidente só conseguiu se comunicar com a militância mais fiel, enquanto o resto do país torcia o nariz. A pesquisa Atlas Intel foi clara: suas falas sobre Israel e Venezuela ajudaram a jogar sua popularidade ainda mais no buraco.
E se o desastre político não fosse suficiente, temos um “plus” chamado Janja da Silva. A primeira-dama, que deveria ter um papel discreto, virou protagonista — e não exatamente de uma novela bem escrita. Entra em tudo, opina sobre tudo, viraliza por gafes e ainda deixa escapar segredos carnavalescos antes da hora. Sem contar os gastos que fazem qualquer brasileiro revirar os olhos.
Mas sejamos justos: colocar toda a culpa nela seria um erro. O governo é de Lula. A caneta é dele. E os erros também. Janja, a “influencer” do Planalto, apenas adiciona um toque de caos a um cenário já desastroso.
Se alguém ainda tinha dúvidas de que o governo Lula 3.0 seria diferente, agora tem a confirmação: o encantamento acabou, a conta chegou e o brasileiro não está satisfeito. A pergunta que fica é: Lula vai tentar mudar algo ou vai continuar culpando o mundo?
Enquanto ele decide, os índices de reprovação só sobem. Afinal, com um tripé tão sólido sustentando a rejeição, fica difícil se reerguer.
Novo presidente da Caciopar exalta força do associativismo como caminho para transformar o Brasil
Na noite da última sexta-feira (7), Cascavel foi palco de um evento que celebrou mais do que uma simples troca de diretoria. A posse de Reni Fernande Felipe à frente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar), realizada no Tuiuti Esporte Clube, reuniu mais de 600 pessoas, entre lideranças políticas, empresariais e representantes de entidades, consolidando a importância do associativismo para o futuro da região – e do Brasil.
Em seu discurso, Reni trouxe uma mensagem forte e inspiradora: o associativismo é uma das melhores estratégias para que o país supere desafios e se torne, de fato, uma grande nação. Para ele, a união e a organização do setor produtivo são fundamentais para que o Brasil avance. “Com trabalho coletivo e propósito, podemos ir além e construir um país mais próspero e de oportunidades”, afirmou.
A noite também foi marcada por um momento especial: a entrega da Comenda Hylo Bresolin ao empresário Elias José Zydek, que se tornou o nono comendador da Caciopar. Visivelmente emocionado, Elias recebeu o maior título de reconhecimento da entidade e fez questão de reforçar o poder do trabalho em conjunto.
“O associativismo nos ensina que, mesmo diante dos desafios estruturais do Brasil, temos fundamentos sólidos que nos ajudam a vencer obstáculos, alcançar conquistas e olhar para o futuro com mais esperança”, declarou Elias, enaltecendo a trajetória de Hylo Bresolin, um dos grandes nomes do setor produtivo paranaense.
Presente no evento, o senador Sergio Moro reforçou a importância do setor privado como motor do desenvolvimento nacional. Em um cenário econômico desafiador, com inflação elevada, juros altos e incertezas no mercado internacional, Moro destacou a necessidade de união e resiliência para que o país volte a crescer.
“O Brasil, nos últimos dois anos, andou para trás. Mas se há algo que move este país para frente, é a força do setor produtivo. Elias e Reni são exemplos dessa capacidade de superação”, afirmou.
O evento marcou também a despedida de Lucas Eduardo Ghellere, que encerrou sua gestão à frente da coordenadoria com um balanço positivo e uma mensagem de continuidade. Ele lembrou que, ao longo de dois anos, percorreu todas as 45 associações comerciais ligadas à Caciopar, levando a mensagem de que a força do associativismo está na proximidade e na valorização das entidades locais.
Agora, o desafio de seguir essa jornada está nas mãos de Reni Fernande Felipe, um empresário de Quedas do Iguaçu, que há 25 anos se dedica ao associativismo. Ao assumir o cargo, ele reforçou o compromisso de ampliar ainda mais o alcance da Caciopar e fortalecer suas bases.
“Nosso desafio é manter essa chama acesa, dar boas condições de trabalho às associações e seguir transformando o Oeste do Paraná em uma referência para todo o país”, declarou Reni.
Se há algo que ficou evidente durante a posse festiva da Caciopar, é que o associativismo empresarial vai muito além da representação de interesses do setor produtivo. Ele é um instrumento de transformação, um modelo que fortalece comunidades, incentiva o desenvolvimento regional e impulsiona a economia.
Em um país onde os desafios são constantes, o que faz a diferença não é esperar soluções de cima para baixo, mas sim a organização e a ação coletiva. E é justamente essa a essência do movimento que a Caciopar representa: gente que arregaça as mangas e trabalha, sem esperar pelo amanhã, para construir um futuro melhor hoje.