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Reeleição a qualquer preço – e o Brasil que se dane

Publicado por Caio Gottlieb em

Quem diria que o Nordeste, aquele reduto histórico do petismo, começaria a dar sinais de fadiga com o governo Lula? Pois é, os números não mentem: a popularidade do presidente ungido pelas urnas eletrônicas está despencando em diversos estados, e a desaprovação já passa dos 60% em algumas regiões. Até mesmo no Nordeste, onde o PT sempre nadou de braçada, o encanto parece estar se dissipando.

E o que faz um governo em busca alucinada pela reeleição quando percebe que os votos estão escorrendo pelos dedos? Simples: joga para o alto qualquer preocupação com responsabilidade fiscal, esquece a lição de casa econômica e aperta o botão do vale-tudo.

Agora, mais do que nunca, Lula e sua equipe parecem ter abandonado qualquer vestígio de preocupação com as contas públicas. A estratégia? Abrir a torneira dos gastos sem se importar com o tamanho da conta que o país vai pagar depois. O plano de voo para 2026 já foi traçado: criar uma enxurrada de despesas, lançar pacotes de bondades e distribuir benesses na tentativa de reconquistar um eleitorado que vem minguando a cada dia.

E é aí que mora o perigo. Se a situação econômica já não vinha sendo tratada com o devido zelo — o dólar subindo, a inflação dando sinais de que pode fugir do controle, e o mercado cada vez mais inquieto — agora mesmo é que a coisa degringola de vez. O governo já vinha operando no limite da responsabilidade fiscal, mas agora, com as luzes de alerta piscando freneticamente, a última prioridade do Planalto será manter o equilíbrio fiscal.

Afinal, por que se preocupar com inflação, dólar e credibilidade econômica quando se tem uma eleição para ganhar? O problema é que esse tipo de manobra já foi vista antes, e os resultados são sempre os mesmos: um voo curto para o populismo e um pouso forçado na crise econômica.

Preparem-se, porque o modo desespero foi ativado e vem aí uma nova leva de “bondades”, mas o preço da conta, como sempre, será cobrado da população. E se alguém ousar perguntar de onde vem o dinheiro para tantas generosidades, a resposta será a mesma de sempre: “não se preocupem, o governo dá um jeito”.

O jeito a gente já sabe qual é: mais impostos, mais inflação e, claro, mais culpa para os “inimigos do povo”, porque a culpa nunca é de quem gasta sem freio. E assim segue o Brasil, onde o governo distribui benesses com uma mão e, com a outra, já prepara o bolso do contribuinte para o assalto fiscal. No fim, o eleitor até pode ganhar uma esmola a mais, mas o que ele não percebe é que já está pagando essa conta — e com juros.

Em suma, salve-se quem puder.

Categorias: OPINIÃO

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