Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o nosso site e as páginas que visita. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento descrito em nossa Política de Privacidade.

Togas, luxo e poder: a realeza que o Brasil não pediu (mas paga)

Publicado por Caio Gottlieb em

Esqueça os castelos centenários, as coroas reluzentes e os escândalos de tabloide da monarquia britânica.

A verdadeira família real que merece sua atenção (e, claro, o seu suado dinheiro) está aqui mesmo, no Brasil, vestida não de veludo, mas de toga, com um orçamento simplesmente majestoso.

Segundo um levantamento do portal Poder360, o Supremo Tribunal Federal (STF) custou aos cofres públicos, em 2024, a singela quantia de R$ 897 milhões. Sim, isso mesmo: quase R$ 900 milhões para manter onze ilustríssimos ministros em um conforto digno de príncipes — ou, por que não, de deuses.

Se isso já parece absurdo, a comparação com a família real britânica transforma o exagero em vergonha nacional. Enquanto Sua Majestade Charles III e companhia custaram modestos R$ 645 milhões ao Reino Unido no mesmo período, os nossos nobres ministros brasileiros esbanjaram um orçamento 39% maior.

E olhe que, do outro lado do Atlântico, eles ainda precisam manter castelos, carruagens e toda aquela pompa secular.

E não para por aí. O quadro de pessoal também impressiona: enquanto a realeza britânica mantém 1.100 empregados para fazer sua estrutura funcionar, o nosso STF conta com 1.200 servidores para atender apenas 11 ministros.

É tanto funcionário para tão pouca nobreza que dá até para imaginar: será que cada ministro tem um batalhão de mordomos e assessores prontos para atender aos caprichos mais extravagantes? Apostaria que sim.

Mas a verdadeira joia da coroa do nosso Supremo não está apenas no luxo escancarado, e sim no poder.

Ao contrário da monarquia britânica, que reina mas não governa, nossos ministros fazem questão de desempenhar as duas funções.

Eles reinam com suas togas impecáveis e governam com decisões que atropelam Executivo, Legislativo e, quando necessário, até o bom senso.

Aliás, quem precisa de eleições ou debate democrático quando se pode simplesmente interpretar a Constituição conforme o humor do dia?

Feitas as contas, a realeza britânica pode até ser um símbolo ultrapassado, mas pelo menos ainda vende souvenirs e rende milhões de libras para o Reino Unido com o turismo.

Já a nossa monarquia de toga, além de custar mais, não gera receita, não movimenta a economia e ainda faz questão de lembrar quem realmente manda.

Bom, justiça seja feita: ao menos alguns visitantes ilustres saem com uma gravata de brinde.

Afinal, para um orçamento de quase R$ 900 milhões, um mimo é o mínimo, não?

Categorias: OPINIÃO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *