Como se destrói a riqueza de uma nação
Vamos todos pagar muito caro pela criminosa irresponsabilidade fiscal do governo Lula – que, se houvesse justiça nesta vida, deveria ser cobrada só de quem fez o L.
Foi unicamente por causa dos desatinos do atual presidente da República que mergulhamos numa crise cambial sem precedentes, que já obrigou o Banco Central a vender nos últimos dias perto de 30 bilhões de dólares com o objetivo de conter a disparada do preço da moeda norte-americana, estimulada pela temerária gestão econômica que brota do Palácio do Planalto.
Fugindo das incertezas do Brasil como o diabo foge da cruz, os investidores estão trocando seus ativos em reais pelas notas verdinhas que o mundo inteiro quer e transferindo os recursos resgatados para aplicações bem mais confiáveis no exterior.
O fato é que, não restando outra alternativa para tentar segurar a onda, o país está sofrendo uma gigantesca sangria em suas reservas internacionais.
Para piorar tudo, a estratégia, até agora, se revelou um retumbante fracasso.
Sem dó e nem piedade, o dólar insiste em não retroceder à casa dos 5 reais, ou um pouco além disso, onde os economistas estimam que seja o seu patamar normal dentro do nosso regime de câmbio flutuante, e segue renovando cotações recordes acima dos 6 reais, que vão desaguar fatalmente na alta da inflação, na elevação dos juros e no aumento do custo de vida, corroendo sobretudo o orçamento das famílias mais pobres, que o lulopetismo diz proteger.
O problema é que não existe mais ninguém no mercado financeiro disposto a acreditar que Lula esteja realmente empenhado em buscar o equilíbrio das contas públicas e determinado a promover um corte profundo nos excessivos gastos governamentais, uma praga que se multiplica continuamente sem lastro na arrecadação de impostos e faz o endividamento da União aproximar-se perigosamente de 80% do PIB.
Já de nada adianta também que o petista, após colocar um homem de sua confiança para chefiar o BC, tenha parado agora de atacar irracionalmente a taxa de juros, instrumento que as autoridades monetárias utilizam em todo o planeta para controlar a inflação, conduta essa que, somada às críticas levianas proferidas contra o economista Roberto Campos, que estava à frente da instituição, acendeu o rastilho de pólvora para deflagrar a escalada do dólar.
Existem outros motivos alimentando a desconfiança de que o comprometimento do Grande Guia com o ajuste fiscal é de mentirinha.
Um deles, por exemplo, é o rombo histórico registrado nas empresas estatais federais, que haviam começado a apresentar lucro no governo Bolsonaro e agor balanços no vermelho. O déficit que elas acumulam em 2024 já passa de 4 bilhões de reais.
Nem mesmo a rica Itaipu Binacional, que passou a ter ainda mais grana sobrando depois de quitar o empréstimo contraído para construção da usina, escapou de ver suas finanças abaladas ao prestar serviços para os interesses politico-partidários do PT e de seus aliados.
A turma se apossou do caixa da empresa com voracidade jamais vista.
Foi uma verdadeira festa: deram dinheiro graúdo para fundações ligadas ao MST, para ONGs e sindicatos dirigidos por militantes da esquerda, para obras com fins eleitoreiros e até para o “Janjapalooza”, o evento musical com artistas famosos promovido pela espevitada primeira-dama durante o encontro do G20, no Rio.
A farra rendeu um saldo negativo de 333 milhões de reais na conta deste ano da maior hidrelétrica do país. É o primeiro prejuízo em seus 50 anos de história.
Uma nuvem de gafanhotos esfomeados devastando uma plantação de trigo não teria feito melhor.
1 comentário
Waldemar Ferreira de Souza · 28/12/2024 às 20:49
Não poderia deixar de cumprimentar o Caio,nesta brilhante explanação. COMO SEMPRE,ele é “o cara”,profissional privilegiado com o dom da oratória,que nos enriquece o aprendizado.Parabens Caio,por fechar com chave de ouro este tão tumultuado ano de 2024.Feliz Ano Novo pra todos nós com muita esperança,garra e perseverança no bem que nós equilibra em nossa jornada a caminho da Luz,com a proteção de JESUS, em 2025.🫂