Bloco de Notas
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Uma das steakhouses mais cultuadas do mundo, o Outback abre as portas dia 16 no Catuaí Shopping Cascavel para encantar os apreciadores de carnes nobres com seus famosos cortes especiais e aperitivos icônicos, como a saborosa cebola gigante dourada. A propósito, a casa está selecionando candidatos para preencher 84 vagas na nova operação. Com 174 unidades no Brasil, instaladas em 22 estados e no Distrito Federal, o restaurante, admirado também por sua bela decoração temática inspirada na Austrália, está presente em 23 países nas Américas, Ásia e Oceania. Vai subir a régua da gastronomia na cidade.
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Para se ter uma ideia da gravidade da situação das contas públicas, deterioradas pela calamitosa prática de gastos desenfreados que vem sendo a tônica do terceiro mandato de Lula, basta ouvir a comparação feita por Luís Stuhlberger, CEO de um dos maiores fundos de investimentos do país: “Só Ucrânia, Rússia e Israel, que estão em guerra, têm déficits fiscais tão altos quanto o Brasil”. Pois é: o governo petista está ensinando ao mundo como se provoca uma hecatombe na economia de uma nação sem precisar disparar um único tiro de fuzil.
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Mais uma voz se levanta contra as aberrações jurídicas cometidas pelo Supremo Tribunal Federal para perseguir, censurar, calar e punir quem se atreve a criticá-lo. E não se trata de nenhum político ou jornalista de direita, a corrente ideológica que está no alvo central dos sistemáticos abusos autoritários da Corte. Muito pelo contrário. Ao comentar o inquérito que indiciou 37 integrantes do governo Jair Bolsonaro por suposta organização de um golpe de Estado, Rui Costa Pimenta escreveu em seu perfil no X que “depois do crime de opinião, alguns malucos agora querem consagrar o crime de pensamento. Se você se coloca contra o poder, pode ser acusado das piores coisas.” Para quem não o conhece, Pimenta é presidente do Partido da Causa Operária, comunista de orientação trotskista, baluarte histórico da extrema-esquerda. Ele sabe que, no frigir dos ovos, ninguém está a salvo das garras de uma ditadura do judiciário.
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Depois de uma intensa disputa envolvendo sete competidores interessados, o rico empresário chinês Justin Sun, fundador da plataforma de criptomoedas Tron, deu o lance vencedor para ficar com a obra de arte (se é que se pode chamá-la assim) intitulada “Comedian” (“Comediante”, em português), que foi a leilão dias atrás na Sotheby’s, em Nova York. Ele desembolsou nada menos que 6,2 milhões de dólares (cerca de 37 milhões de reais) para – literalmente – abocanhar a peça, de autoria do iconoclasta francês Cattelan, que se resume a uma banana colada em uma parede com uma grande fita adesiva prateada. Os termos da venda incluem um certificado de autenticidade e instruções sobre como substituir a fruta. Justificando a aquisição, Sun disse que “isso não é apenas arte. Ela representa um fenômeno cultural que une os mundos da arte, dos memes e da comunidade de criptomoedas”. Tá bom.
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Em contraste com a imprensa brasileira, que mede as palavras quando se vê obrigada a apontar a gestão desastrosa do PT no comando do país para não perder as verbas publicitárias federais, a mídia estrangeira, livre de pressões do tipo, não deixa pedra sobre pedra ao analisar o momento político e econômico do Brasil. Em artigo publicado no The Wall Street Journal, um dos mais prestigiosos diários norte-americanos, a colunista Mary Anastasia O’Grady criticou duramente a aproximação de Lula com regimes autoritários, “conduta que enfraquece o país internamente e prejudica sua posição na América Latina”. Afirmou ainda que “o dinossauro brasileiro da Guerra Fria está se apegando não tanto a ideais utópicos do socialismo, mas a uma luxúria pelo poder que um modelo corporativo altamente centralizado oferece”. A definição do petista como um animal jurássico não poderia ser mais perfeita. E hilária.
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Quem voltou ao noticiário recentemente foi Eduardo Requião, que comandou o Porto de Paranaguá entre os anos de 2003 e 2008, nomeado por seu irmão Roberto Requião, então governador do Estado. Acusado de ter embolsado 3 milhões de reais em propina após a assinatura de um contrato de 30 milhões entre uma empresa holandesa e o terminal portuário para a execução de serviços de dragagem, Eduardo acaba de ser indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os supostos atos ilícitos foram cometidos 16 anos atrás. É com essa celeridade nas investigações que mais um caso de corrupção vai caminhando para a impunidade.
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Possivelmente você nunca deve ter ouvido falar no Instituto Incube. Não é de surpreender. Trata-se de uma Organização Não Governamental sem site oficial e sem perfil nas redes sociais, que não divulga relatórios anuais de prestação de contas. Mesmo assim, ela é a entidade no Brasil que mais recebeu recursos em 2023 da Open Society Foundations, braço filantrópico da empresa do bilionário norte-americano George Soros, notório benfeitor de instituições de viés esquerdista. Foram 3,1 milhões de dólares, equivalente a 15,5 milhões de reais no câmbio médio do ano passado. Só para constar, o presidente do tal Incube está sendo investigado por denúncias de desvio de uma parte da dinheirama. Só pode ser mentira. Calúnia de gente invejosa do bom trabalho que a ONG vem fazendo em favor dos mais necessitados. Ademais, esse pessoal de esquerda jamais bota a mão naquilo que não é seu.
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Mesmo com a economia em crescimento, como atestam os números do PIB, a onda de insolvência nas empresas brasileiras, que brotou fortemente a partir de 2023, continua se expandindo. De janeiro a setembro deste ano, 1,7 mil empresas pediram recuperação judicial, volume 73% superior ao mesmo período anterior. O número é maior que o de 2016, quando o país vivia a turbulência do impeachment de Dilma Rousseff. Especialistas atribuem a culpa aos juros altos, já que ficou mais caro pegar dinheiro emprestado para empreender. Mas há outros fatores solapando a saúde financeira das empresas, como a inadimplência dos consumidores, o impacto das mudanças climáticas na produção de alimentos, a depreciação cambial, que pressiona custos, e a dificuldade de acompanhar as transformações tecnológicas. O empresário que decide abrir uma nova atividade ou ampliar seus negócios nesse ambiente desafiador é um verdadeiro herói. Precisa ser venerado e respeitado.
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Olha só: é bastante provável que o Brasil, no ciclo produtivo 2024/25, ultrapasse os Estados Unidos e se torne líder mundial nas exportações agropecuárias. Em 2023, a vantagem norte-americana foi de apenas 9 bilhões de dólares (US$ 174 bilhões contra US$ 165 bilhões), cifras que tendem a se repetir neste ano. Para 2025, com previsão de recorde na safra brasileira, projeta-se que os embarques internacionais do agro devam alcançar os 180 bilhões de dólares, enquanto nosso grande concorrente ficará nos 169,5 bilhões de dólares. É um feito fabuloso, ainda mais significativo em um país que tem um governo promovendo frequentes hostilidades contra os produtores rurais. Imagine se trabalhasse a favor.
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Questionável do ponto de vista ético, a decisão do presidente Joe Biden de conceder indulto ao filho Hunter, condenado em duas ações criminais relacionados à evasão fiscal e à compra de uma arma de fogo, não tem nada de anormal. Outros ocupantes da Casa Branca também já usaram a prerrogativa legal para livrar parentes de encrencas com a justiça. O problema é que Biden queimou a língua: ele havia prometido reiteradamente que jamais faria a mesma coisa para não se igualar ao arquirrival Donald Trump, que em seu primeiro mandato concedeu clemência a Charles Kushner, sogro de sua filha Ivanka, sentenciado à prisão por sonegação fiscal, doações ilegais de campanha e coação de testemunhas. Aproveitando a deixa, Trump, que toma posse na presidência dos Estados Unidos em janeiro, baseando-se em argumentos similares aos utilizados por Biden, resolveu agora pedir a anulação do júri e o arquivamento do processo relacionado ao affair amoroso que teve com a atriz pornô Stormy Daniels. Como já dizia o humorista Stanislaw Ponte Preta, “ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!”.
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Ainda não existe qualquer perspectiva de vida eterna para o nosso corpo físico. Mas, graças aos recursos da inteligência artificial, algo próximo disso já é realidade. Recentemente, o ator canadense William Shatner, de 93 anos, o lendário capitão James Kirk do seriado Jornada Nas Estrelas (Star Treek), passou quatro dias respondendo a mais de 600 perguntas para um projeto que permitirá, após a sua morte, que o seu avatar possa interagir com os netos por meio de conversas virtuais. Ou seja, bateu a saudade, vai lá, liga o computador e proseia com o vovô. Se isso já é possível agora, não dá nem para imaginar o que nos reserva a evolução da tecnologia nas próximas décadas. Para o bem ou para o mal.
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Deu na imprensa que Lula criou uma espécie de confraria com alguns políticos e ministros do STF. A ideia é reunir o grupo todo mês para “conversar”. É uma ótima notícia: ela escancara, sem o menor pudor, as entranhas das relações espúrias entre as instituições da República e deixa bem claro que existe, sim, um consórcio ungido pelas urnas eletrônicas para governar o país. Já não há mais nada a esconder. Visivelmente, essa turma tem planos em andamento para se perpetuar no poder. Quem viver, verá.
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Uma das frases que vão marcar o ano foi dita pela primeira-dama Janja ao agradecer a presença do ministro Alexandre de Moraes, o todo-poderoso xerife do Supremo Tribunal Federal, no evento que ela promoveu contra as “fake news”, animado por dezenas de artistas da MPB, que custou aos cofres públicos mais de 35 milhões de reais: “A gente convidou o ministro Alexandre de Moraes, que é um grande parceiro”. Minha senhora, nunca tivemos nenhuma dúvida disso.