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O bom filho a casa torna, e é pré-candidato a prefeito

Publicado por Caio Gottlieb em

A semana começou com novidade, com o perdão do trocadilho.

Deltan Dallagnol, procurador que colocou Lula na cadeia na Lava Jato e candidato a deputado mais votado do Paraná em 2022, veio a Cascavel na segunda-feira (20) para empoderar seu aliado Henrique Mecabo, inaugurando uma agenda de viagens que fará por todo o Brasil.

Depois da cassação de seu mandato pelo TSE, Deltan reavaliou a rota e virou Embaixador Nacional do Partido Novo.

O jovem Mecabô, revelação do Novo no Paraná em 2022, tendo sido o mais votado da sigla com 27.651 votos para deputado federal (disputados com o próprio Deltan), decidiu “voltar para casa”.

A casa, entretanto, está renovada.

O Novo expulsou seu fundador João Amoêdo no ano passado após ele declarar voto em Lula no segundo turno, valorizando as posições firmes, e à direita, do deputado federal Marcel Van Hattem e do goverador de Minas Gerais Romeu Zema, entre outros.

Para deixar mais claro que, além dos liberais, abraça também conservadores, o Novo atraiu o Senador Eduardo Girão, expoente da oposição ao governo no Congresso Nacional.

Também neste ano, abrindo mão do “monopólio da virtude”, o Novo decidiu fazer política e mudou seu estatuto para permitir coligações (exceto com partidos à esquerda) e usar os fundos eleitoral e partidário para guerrear com “paridade de armas”.

Com essas mudanças, vendo que lá estava o seu time e um projeto claro de oposição – o Novo, hoje, é o partido que mais vota contra o governo Lula no Congresso Nacional, superando até mesmo o PL – Deltan recusou as ofertas de salário do Podemos, que o elegeu, e virou Embaixador Nacional do Novo.

Mecabô, então, decidiu retornar.

O mestre em economia e cientista político cascavelense havia ascendido à vice-presidência estadual do Podemos para trabalhar com o então deputado Deltan e com sua dobrada, o estadual Fabio Oliveira (como o blog noticiou em março).

Continuava, entretanto, a cara do Novo, com apenas 27 anos e muita disposição para gastar sola de sapato na política.

Mecabô, mais uma vez, surpreendeu com sua capacidade de mobilização: o evento de refiliação ao Novo deixou abarrotado o Espaço Verde da Sociedade Rural do Oeste.

A reunião derradeira com o Podemos foi só na sexta-feira, três dias antes, e o evento do Novo só foi divulgado por Mecabô depois disso.

Mesmo assim, os anúncios de que ele é agora coordenador regional da sigla e de que o partido terá chapa completa de novos nomes a vereador em Cascavel e região foram acompanhados de perto por mais de 350 pessoas de mais de dez cidades do Oeste.

Um bom número assistia pelas janelas quando Deltan bradou: “esse menino vai ser prefeito de Cascavel e, no que depender de mim, vai ser agora”.

Da boca de Deltan, sob aplausos, Mecabô se consolidou pré-candidato.

A novidade do Novo para Cascavel, referendada no evento pelo presidente nacional do partido, vem a pouco menos de um ano das eleições, num momento onde muitos viam Mecabô como o “vice dos sonhos” – mais de 15.000 votos em Cascavel, as bênçãos do lavajatismo, domínio das redes sociais e boa parte da juventude e do empresariado cascavelense ao seu lado.

Voltando para casa, no Novo, Mecabô vira um dos poucos prefeituráveis com a segurança de um partido que o garanta e passa a ser opção crível para ocupar a cadeira do terceiro andar do Paço Municipal de sua terra natal.

Escrevi tempos atrás, quando Henrique Mecabô dava seus primeiros passos na política, que ele tinha um grande futuro pela frente. Parece que esse futuro já bate à sua porta.

Categorias: OPINIÃO

2 comentários

João Vicente Gonçalves · 23/11/2023 às 14:42

Mercado é uma ótima revelação do Partido Novo.

MARCELO · 23/11/2023 às 13:59

O resultado desta eleição, pode anotar, apresentará três grupos: os que tem chance (os Buenos, Gugu e Edgar, mais Pacheco se topar sacrificar o mandato de deputado ou Renato Silva abandonar antes de começar), o candidato do PT, que ficará em terceiro ou quarto a depender do número de concorrentes, e os demais, aí incluído os Silva, Renato e Valdinei, Batatinha, Mecabo e os demais. Acredito em dois desses quatro passando a vergonha que o sr Roman passou quando em 2020 perdeu em votos para o candidato do PT. Já está claro que o sr Mecabo segue o Sr Dallagnol, em busca de um mandato de deputado pelas sobras, mas o bonde foi perdido em 22 e possivelmente não se repetirá.

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