Uma data para ficar na história
Petistas e aliados do governo comemoraram efusivamente no último dia 8 o aniversário de quatro anos da soltura de Lula, que permaneceu preso durante 19 meses após ser julgado e condenado, na Operação Lava Jato, a mais de 12 anos de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em sentenças confirmadas por três instâncias judiciais.
Sem ser inocentado ou absolvido dos delitos que lhe foram imputados, ele deixou o xilindró quando o Supremo Tribunal Federal aboliu o início do cumprimento da pena antes do chamado “trânsito em julgado”, ou seja, até o esgotamento por completo de todos os recursos previstos em lei.
O fato é que Lula nem precisou valer-se desse direito que garante a réus endinheirados e influentes a possibilidade real de jamais dormirem uma noite sequer na cadeia, uma vez que, pouco tempo depois, o STF concluiu o serviço com impecável maestria ao tirar da cartola a decisão que presenteou o companheiro com a anulação de todas as suas condenações e permitiu-lhe ser ungido pelas urnas eletrônicas para o seu terceiro mandato presidencial.
De qualquer modo, o dia em que o chefe do PT ganhou a liberdade caminha para se tornar uma efeméride.
Vai ser lembrado pelos pósteros como o dia em que o Brasil enterrou de vez qualquer esperança de punição exemplar para gente poderosa envolvida em falcatruas e provou definitivamente que, nestas bandas, o crime compensa.
Logo vai virar feriado nacional.
1 comentário
Olavo Arsênio Fank · 19/11/2023 às 23:57
Assino embaixo… belo resumo.