O Brasil não é o governo que está de plantão
Nenhum país, por mais seguro que seja, está suficientemente protegido contra o terrorismo, crime traiçoeiro e covarde que se dissemina pelo mundo sob os mais diversos e injustificáveis pretextos e ganha contornos cada vez mais dramáticos por seus requintes de crueldade, como se viu nos horrores cometidos contra mulheres e crianças pelo sanguinário grupo palestino Hamas em sua invasão a Israel.
Nem mesmo o Brasil, tradicionalmente pacifista, sempre acolhendo humanitariamente todas as etnias, pode se considerar a salvo de viver tragédias similares diante da revelação de que o grupo extremista libanês Hezbolah vinha planejando executar atentados contra alvos judaicos no país, uma trama descoberta pela Polícia Federal em operação conjunta com o Mossad, o famoso serviço secreto israelense.
Seja como for, seria uma tremenda burrice do Hezbolah perpetrar ataques em um país onde tem um governo amigo, que não o trata como aquilo que verdadeiramente é, uma organização terrorista, além de condescender com as barbaridades e atrocidades que seus militantes cometem.
Aliás, é preciso deixar claro que o Brasil não é amigo do Irã, que financia e comanda o Hezbolah e o Hamas. Quem é amigo da teocracia persa, que persegue, agride e mata mulheres por se vestirem em desacordo com as regras do islã, é o atual governo brasileiro.
O Brasil também não é amigo dos tiranos que comandam a Rússia, a China, a Venezuela, a Nicarágua e Cuba. O Brasil, como nação, tem relações comerciais com esses países. O amigo de Putin, Xi Jinping, Maduro, Daniel Ortega e dos herdeiros de Fidel Castro é o atual governo brasileiro.
Igualmente, o Brasil não é amigo do Supremo Tribunal Federal e muito menos compactua com as arbitrariedades praticadas por seus ministros, que afrontam escandalosamente a Constituição, reinterpretam leis a seu bel-prazer, fortalecem a insegurança jurídica, promovem injustiças e suprimem a liberdade de opinião de quem pensa diferente deles. Quem é amigo do STF e beneficiário de suas decisões ditatoriais, especialmente daquelas que garantem a impunidade de corruptos poderosos, é o atual governo brasileiro.
Poucas vezes coube tão bem a citação do poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe: “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.”
1 comentário
Marcos Villanova de Castro · 16/11/2023 às 09:46
Parabéns por mais um texto impecável, Caio.
Grande abraço.