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O ministro e o refrigerante envenenado

Publicado por Caio Gottlieb em

Antes de ser eleito pelo Congresso Nacional, em 2005, para o Tribunal de Contas da União, o ministro Augusto Nardes cumpriu longa e bem-sucedida carreira política.

Depois de estrear como vereador na cidade gaúcha de Santo Ângelo, sua terra natal, ele exerceu dois mandatos na Assembleia Legislativa do Estado e ocupou três vezes a cadeira de deputado federal pelo Rio Grande do Sul, destacando-se na liderança da Frente Parlamentar da Agropecuária e da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, tendo atuação relevante em importantes conquistas do setor produtivo.

Em sua visita no meio da semana a Cascavel para um encontro com prefeitos da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, tive a oportunidade de entrevistá-lo para o Jogo Aberto da TV Tarobá que vai ao ar neste sábado (11), a partir das 18h50, onde abordamos temas como governança, conceito por ele implantado na Corte quando a presidiu no biênio 2013-2014, controle e fiscalização dos gastos públicos, equilíbrio fiscal, combate à corrupção e reforma tributária.

Mas o maior dos serviços, até agora, que Nardes prestou à nação, também lembrado no programa, foi quando, em 2015, recomendou a rejeição das contas do governo Dilma Rousseff do ano anterior.

Em seu parecer como relator do processo, aprovado por todos os demais ministros, ele denunciou as famosas “pedaladas fiscais”, práticas irregulares adotadas pela administração petista que totalizaram mais de 100 bilhões de reais e levaram ao impeachment da “presidenta”, interrompendo uma catastrófica gestão que causou a maior recessão econômica da história do país.

O que Nardes não contou na conversa, mas revelou a mim nos bastidores, foram as pressões descomunais que sofreu para amenizar seu relatório e as inúmeras ameaças de morte que recebeu após o Congresso Nacional concretizar a cassação de Dilma.

Uma delas esteve próxima de se consumar quando, em um evento em São Paulo, ele foi hospitalizado e socorrido a tempo após ingerir um copo de refrigerante onde alguém havia adicionado uma mistura de substâncias venenosas letais, identificadas posteriormente em análise bioquímica do líquido.

Ao que parece, o companheiro Putin fez escola por aqui…

O jogo é bruto, minha gente.

Categorias: OPINIÃO

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