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E agora, José?

Publicado por Caio Gottlieb em

Por Nilso Romeu Sguarezi*

Existe na sociedade brasileira uma generalizada opinião de que os Poderes da República não cumprem o mandamento constitucional do artigo número 2, quando está claramente dito que: “SÃO PODERES DA UNIÃO, INDEPENDENTES E HARMÔNICOS ENTRE SI, O LEGISLATIVO, O EXECUTIVO E O JUDICIÁRIO”

São os fatos que comprovam esta desarmonia, pois enquanto o judiciário está dizendo que não existe o tal MARCO TEMPORAL, ressurge da sonolência o legislativo e, não só diz que ele existe, como até está compondo uma nova Lei para reafirmar sua existência.

Evidente que isso tem gerado uma insegurança jurídica nunca vista e que está produzindo consequências incalculáveis sobre o futuro patrimonial de milhares de pessoas, quiçá de milhões que se sentem ameaçados de terem que abandonar as propriedades rurais que receberam das gerações anteriores.

Em pouco tempo são incontáveis as propriedades já invadidas e outras tantas também ameaçadas de invasões. Incrédulo, o POVO brasileiro fica a se perguntar, afinal quem terá a palavra final neste imbróglio criado pelos próprios governantes?

Nesta quebra de braço entre o Legislativo e o Judiciário, quem vence e quem será vencido?

E o executivo como fica agora para nomear mais um ministro do STF, no lugar da ex-presidente Rosa Weber que ao se despedir, alto e bom som no seu discurso, fez questão de ressaltar que a RESOLUÇÃO N. 255, DE 4 DE SETEMBRO DE 2018 do CNJ, instituiu a Política Nacional de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário.

E agora, Lula, fica apenas uma mulher na alta corte da nossa justiça? Ou será que era só papo furado dos “defensores da democracia” para ganhar a eleição com o voto feminino já que elas formaram a maioria de 7 milhões de eleitoras a mais que de homens na tua eleição?

Pensa bem, Lula, tem uma pedra no meio do teu caminho nesta nomeação, ou talvez até duas, com a nova posição do Senado perante o STF.

Ou será que a troca da campeã do vôlei, a Ana Moser, do Ministério do Esporte, para ter mais um homem no teu time, foi a sinalização de que neste governo basta a Dona Janja para mandar e representar maioria feminina do eleitorado brasileiro?

A pedra no meio do caminho Lula não é exatamente a falta de mulheres no governo, mas sim que elas estejam bem representadas pelo brilhantismo e competência das milhões de abnegadas mulheres que além de cuidar das suas famílias, pelo fruto da persistência, competência e brilhantismo, cada vez mais ocupam seus espaços na sociedade civil.

Nunca se deve subestimar a garra e tenacidade das mulheres porque, como ensinou Galileu Galilei (1562/1642), “A VERDADE É FILHA DO TEMPO E NÃO DA AUTORIDADE”

*NILSO ROMEU SGUAREZI, advogado, deputado constituinte de 1988, defensor da CONSTITUINTE EXCLUSIVA, formada com 50% de homens e mulheres maiores de 35 anos, sem necessidade de filiação partidária e inelegíveis por 10 anos.

Categorias: OPINIÃO

1 comentário

Alande Tissiani · 05/10/2023 às 22:45

Penso que nosso amigo tem uma clareza incrível. Valoriza a nós mulheres não por sermos mulheres mas pela capacidade de cada uma

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