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O pior está por vir

Publicado por Caio Gottlieb em

Voltando à incendiária questão do marco temporal das terras indígenas, que está colocando em polvorosa não somente o agronegócio, mas todos os setores produtivos do país, ainda não se sabe se vai valer a sentença do Supremo Tribunal Federal, que rejeitou o dispositivo constitucional que estabelecia como áreas passíveis de serem reivindicadas pelos povos originários apenas aquelas por eles ocupadas até 1988, ou se irá prevalecer a lei agora aprovada pelo Congresso Nacional, que reafirmou de forma explícita e categórica a plena validade da tese que se tinha até então como líquida e certa.

Mas já se sabe o tamanho do desastre que se prenuncia se vier a vigorar o entendimento da Corte: dentro dos 9,2 milhões de hectares que estão em processo de demarcação, aguardando apenas a definição do impasse para seguirem em frente, teremos sob ameaça direta, imediata e concreta de serem transformadas em condomínios de ocas mais de 10 mil propriedades rurais, a maioria esmagadora de pequenos produtores, distribuídas por 25 estados.

Obviamente, muitas tribos, insufladas e financiadas por partidos políticos de esquerda e por ONGs a serviço de interesses impatrióticos, não vão esperar os trâmites legais para provar seus supostos direitos e tentarão se apossar o quanto antes das terras que julgam ser suas.

Desde o início da semana, a propósito, movimentações incomuns de ônibus lotados de índios vêm sendo registradas em Guaíra e Terra Roxa, os dois municípios paranaenses que estarão no olho do furacão caso o marco temporal venha a ser derrubado, já que toda a área urbana de ambos é reivindicada pela etnia Avá-Guarani.

Alertados por informações de que os “visitantes” são indígenas vindos até de outros estados com o objetivo de reforçar as tropas das aldeias locais para as invasões que estariam sendo planejadas, os agricultores da região já estão se organizando para agir em conjunto na legítima defesa de suas propriedades.

Estamos, portanto, no limiar de eventos que podem se tornar extremamente dramáticos.

Diante desse cenário explosivo, se nada for feito para anular a decisão irresponsável dos ministros do STF, que semearam no campo uma perigosa insegurança jurídica com potencial de desencadear graves convulsões sociais, eles correm o risco de sair dessa história com as mãos manchadas de sangue.

Categorias: OPINIÃO

3 comentários

AUGUSTO · 05/10/2023 às 14:42

OO Brasil tem 5.570 municípios, dos quais 2.085 têm nomes inteiramente ou em parte indígenas, certamente porque assim os índios locais os denominavam.
Paraná é um nome de origem Tupi que vem da justaposição de pará, “caudal”, com anã, “parente, semelhante”; donde: “semelhante ao caudal, mar”, Curitiba, é uma palavra de origem Guarani: kur yt yba quer dizer “grande quantidade de pinheiros, pinheiral”.
Vamos ter que começar a arrumar as malas e devolver tudo aos índios?

OLAVO ARSENIO FANK · 05/10/2023 às 11:22

Lamentável que alguns togados que não conhecem a realidade “in loco” queiram decidir de forma tão abrupta esta questão.
Estaria Pedro Álvares Cabral sendo considerado culpado pela invasão das terras indígenas?
Cidades construídas no silêncio dos “pseudo-proprietários” e agora sendo objeto de inversão de posse pela graça de alguns poderosos juristas?
O Brasil realmente não é um país sério…

Antonio Hernandes Junior · 04/10/2023 às 18:59

A decisão do STF, mais do que provocar uma imensa insegurança jurídica, atinge de morte, o agronegócio, motor propulsor de nosso País.
Inconcebível que um País como o nosso, com dimensões continentais, tenha que destinar mais de 18% de seu território, aos povos originários. Está cada dia mais difícil viver nesse País 🥲

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