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O amor venceu

Publicado por Caio Gottlieb em

Até nomear Cristiano Zanin, seu próprio advogado, para o Supremo Tribunal Federal, o ministro mais próximo de Lula era Dias Toffoli, igualmente indicado por ele depois de prestar bons serviços advogando para o PT.

Porém, a relação entre ambos foi fortemente abalada em 2019, quando o petista, então encarcerado pela Operação Lava Jato em Curitiba, solicitou autorização judicial para deixar a cadeia e ir ao velório de seu irmão Vavá em São Paulo.

O caso foi parar no STF, nas mãos de Toffoli, que negou a permissão.

Desde então, Lula guardava profunda mágoa pela ingratidão do antigo companheiro e vinha resistindo a aceitar os reiterados pedidos de perdão que ele lhe fazia.

Mas tudo tem seu tempo certo.

Eis que agora, ao decidir, sem o menor pudor, anular todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht, que incluíam delações premiadas e confissões espontâneas sobre os sistemas de propina da empresa que serviram de base a diversas acusações e processos no escândalo do Petrolão, e ainda declarar que a prisão de Lula foi uma “armação”, o ministro habilita-se a receber a indulgência plena do seu padrinho.

Ainda que tenha demorado, Toffoli, finalmente, reparou seu erro e fez o que dele se esperava: ignorou as fartas evidências em contrário e inocentou quem lhe deu o mais cobiçado e poderoso cargo público do país, mesmo à custa de desmoralizar mais um pouco a justiça brasileira.

Não foi para outra coisa que o colocaram lá.

 

Categorias: OPINIÃO

3 comentários

Leandro Salomão · 07/09/2023 às 00:23

Sem palavras!
Essa república das bananas, olha tem hora que cansa. Isso é Ministro apto a julgar alguém, hein?
O cara foi citado na delação do próprio Marcelo Odebrecht, como sendo “O amigo do amigo de meu pai”. O Marcelo Odebrecht nunca veio a público e desmentiu nada! O próprio Marcelo Odebrecht, brigou com a irmã e com o pai por ter delatado o próprio cunhado que é o tal dito cujo “amigo do amigo de meu pai” que tinha o esquema no STF.
Esse “amigo do amigo de meu pai” tem nome, sobrenome e profissão: Antônio Dias Toffolli é Ministro do STF. Só pode ser piada o cara não se dar por impedido e pior, anular todas as provas contra ele como meliante da quadrilha que saqueou o Brasil. A esposa é lobista descaradamente em Brasília e o cara de pau do Ministro, julga os casos no qual ele deveria ser réu e no mínimo expulso e depois preso da pocilga chamada
“Excelsa Corte” do PODRE Poder Judiciário brasileiro.
Essa decisão deve ter sido confeccionada por um assessor (“pelego”) em home officie, domicíliado em Miami as custas do erário, pode isso?
Pra mata, só falta o tal Ministro tirar os 60 dias de folga, mas é você quem paga!. Perdeu de novo MANÉ.

Jorge Luiz Tramontina Januario · 06/09/2023 às 23:08

Estou estarrecido, envergonhado, enojado, inconformado com esses calhorda que se acham os Deuses. Nós Brasileiros de fato e de honra precisamos nos juntar e oferecer resistência a esses abusos.

José A Dietrich Fh · 06/09/2023 às 20:03

Se for assim terão que devolver aos réus confessos os 8 bilhões que reconhecidamente foram surrupiados da Petrobrás . Da mesma maneira que o Gilmar Mendes mandou devolver a cocaína ao traficante preso “ilegalmente”. O Brasil está produzindo jurisprudência para o mundo.

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