De simples hobby a uma exposição no Louvre
Ainda que sempre tenha apreciado a arte e se interessado em estudar sua história, a jovem universitária cascavelense Amanda Padovani conta que nunca imaginou que em algum momento da vida iria se tornar uma “artista”.
Tudo começou durante a pandemia, quando ela comprou pequenas telas para tentar recriar imagens que gostava, apenas como passatempo.
Um pouco antes de ingressar na faculdade de medicina veterinária, no início de 2022, Amanda, que é irmã do Lucas e filha do casal Marco e Sandra Padovani, um dos sobrenomes mais tradicionais da cidade, pintou a primeira tela de um de seus ídolos.
Eis o relato dela:
“Como sou muito fã de Fórmula 1, mais especialmente do Lewis Hamilton, resolvi retratá-lo. Ele é uma pessoa que me inspira demais, por tudo que passou e por sua luta no esporte. Pintar Lewis foi pintar determinação, bondade e amor ao próximo.
Desde então eu não parei mais.
Toda semana fazia uma pintura diferente de alguém que gostava e assim fui percebendo um jeito meu de demonstrar carinho por algo ou alguém.
Pra mim, arte é sentimento e, com todo esse amor pela Fórmula 1, eu fui pintando mais e mais pilotos, Ayrton Senna, Carlos Sainz e o Felipe Drugovich, que na época corria na Fórmula 2.
Em novembro de 2022, uma semana antes de ir a São Paulo para assistir a corrida de Interlagos, eu tive a oportunidade incrível de enviar a tela que fiz do Felipe para ele.
Minha professora de piano, Rosemary Espires, a quem sou extremamente grata, foi quem fez com que o quadro chegasse às mãos do piloto, que acabou postando a foto da tela no seu Instagram.
Em janeiro deste ano, no aniversário do Lewis Hamilton, enviei ao Team LH a tela que fiz dele, falando que era um presente para ele.
Foram divulgados vários vídeos de pessoas que o admiram em diversos países, e nisso o meu vídeo apareceu também, o que foi uma enorme alegria quando vi que ele havia visto e comentado”.
Muitos dos trabalhos de Amanda (estou postando alguns deles junto com esta nota) podem ser apreciados no Instagram, onde se constata a sua criatividade incomum, sua enorme versatilidade e a notável facilidade de navegar por diferentes estilos e escolas.
Foi nessa rede social que se deu o fortuito encontro virtual dela com um conhecido marchand e galerista carioca.
Prospectando novos talentos, ele descobre Amanda, fica encantado com a qualidade de seus traços e a chama para expor suas telas na Bella Bienal do Rio de Janeiro, realizada no último mês de maio.
O olhar técnico dele não poderia ter sido mais certeiro: os quadros de Amanda fizeram tamanho sucesso que ali mesmo surgiram convites para participação em mostras na Finlândia e em Portugal.
Porém, o melhor ainda estava por vir: agora ela também está convidada para expor suas obras, em outubro, em um evento no lendário Louvre de Paris, o mais icônico dos museus do planeta.
Nada fará Amanda deixar de se graduar em veterinária, mas ela não terá mais como deixar de lado os pincéis e as tintas.
O mundo das artes ganhou uma pintora de mão cheia.