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Um bom começo

Publicado por Caio Gottlieb em

Quando se soube que os grandes grupos que atuam no setor não participariam da disputa, surgiram nos meios políticos e empresariais incertezas e temores sobre o futuro dos leilões das concessões rodoviárias no Paraná.

Manifestado publicamente, o desinteresse das operadoras tradicionais em relação ao primeiro lote tinha um único motivo: a pouca atratividade financeira para a exploração do negócio dentro das regras do novo programa.

Em resumo, elas consideraram que os investimentos a serem feitos na gestão e modernização das estradas não seriam adequadamente remunerados pelo valor do pedágio estabelecido no edital, sobre o qual ainda teriam que oferecer uma redução substancial para obter êxito no certame.

Mas o desfecho do episódio provou, mais uma vez, que ninguém é insubstituível, e que onde uns enxergam dificuldades, outros identificam oportunidades.

O fato é que, embora tenham se habilitado para a concorrência apenas dois competidores com pouco histórico no ramo, mas com muito dinheiro em caixa para dar conta do serviço, o leilão do lote 1 foi um estrondoso sucesso.

Vencedora do pregão, a Infraestrutura Brasil, controlada pelo Grupo Pátria, colocou na mesa um deságio de 18,25% na tarifa básica, ganhando por larga margem dos 8,30% propostos pelo consórcio constituído pela empresa Equipav e pela gestora Perfin.

Feitos os cálculos, o novo pedágio terá um preço 65% menor do que a tarifa por quilômetro rodado em valores corrigidos se o Anel de Integração ainda existisse ou 54% inferior à última tarifa cobrada, superando o objetivo inicial que visava um desconto mínimo 50%.

Por um contrato de 30 anos, o Pátria vai administrar 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais que conectam outros trechos que ligam a capital do Estado com o porto de Paranaguá, região metropolitana de Curitiba e fronteira com o Paraguai, além do Mato Grosso do Sul, formando com os outros cinco lotes a serem leiloados o maior sistema integrado de infraestrutura e logística do país.

Para o lote 1, estão previstos investimentos de 8 bilhões de reais em obras que incluem duplicação de 344 quilômetros, terceiras faixas em outros 210 quilômetros e viadutos. A maior parte desses recursos deverão ser aplicados entre o terceiro e o sétimo ano da concessão.

O próximo teste da nova modelagem de concessões, especialmente desenhada para o Estado através de amplo entendimento entre o setor produtivo e a classe política paranaense, conduzido pelo governador Ratinho Junior e validado pelo governo federal na gestão anterior e na atual, será o leilão do lote 2, marcado para o dia 29 de setembro.

Seu resultado será determinante para se ter uma noção mais clara do que se pode esperar para os lotes restantes, principalmente o sexto, aquele que tem mais necessidade de investimentos na ampliação da capacidade de tráfego, pois abrange o conjunto de rodovias que cruzam a região Oeste, o principal polo de produção agroindustrial do Estado.

Vamos manter os dedos cruzados.

Categorias: OPINIÃO

1 comentário

Leandro Salomão · 31/08/2023 às 11:45

O Consórcio capitaneado pelo Fundo Pátria foi o grande vencedor dos lotes arrematados nesta 1ª rodada de licitações rodoviárias.

Pelo bem do Brasil, inauguramos uma nova modelagem de estruturação de capital e operação, com uma proposta de deságio sobre a tarifa base de 18,25%, quando as velhas e conhecidas “concessionária de pedágios” correram com módicos 8,25% de desagio.

Bastidor: As velhas empresas de pedágios, tentarem no bid (licitação) da última sexta-feira na B3, chamarem o Consórcio Pátria para mesa, afim costurarem um acordo de preço e operacional, porém inexitosos.

Um ponto que verifiquei nos editais e demais informações do órgão licitante (ANTT) é que a tarifa poderia ser mais barata, se não fosse colocada neste bid (licitação) todas as obras que antigas “concessionárias” não fizeram em razão de aditivos e métodos não republicanos no qual conseguiram se eximir das obrigações contratuais. Entretanto, a tarifa do pedágio foi cobrada do usuário como se todas as obras estivessem sido realizadas.

Infelizmente, tudo o que não foi realizada pelas antigas concessionárias, foi para o preço desta última licitação. Advinha quem pagou e pagará a conta desta patuscada? Voce usuário.

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