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A farra voltou

Publicado por Caio Gottlieb em

Tal e qual aconteceu nos governos anteriores do PT, o Brasil do terceiro mandato do Lula ficou novamente parecido com o Cabo Canaveral, ponto de partida das missões espaciais norte-americanas, onde todo dia tem um lançamento.

E a reprise do filme ocorre não só na forma, mas também no conteúdo.

Tanto é que a mais recente nova “velha” ideia que brotou do Palácio do Planalto é o retorno do malfadado Programa de Aceleração do Crescimento, que não traz boas lembranças das duas primeiras edições.

Anunciado por Lula na última sexta-feira (11) no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o que só fez reforçar a aura de encenação artística do evento, o “novo” PAC chega com um currículo de 5.344 obras herdadas de suas versões anteriores sem conclusão, das quais nada menos que 2.688 estão paradas, além de uma extensa lista de escândalos de corrupção envolvendo boa parte delas.

Fora a roubalheira, houve ainda uma profusão de desperdício de verbas bilionárias em projetos irrelevantes, eleitoreiros e mal executados.

Mas o que vem aí poderá ser ainda pior, a começar pelo fato de que a origem para os investimentos previstos não passa de mera ficção orçamentária.

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira resumiu em poucas palavras a pirotecnia petista: “Lula lançar o PAC antes de aprovar o Arcabouço Fiscal, é dizer que o Arcabouço é Comédia. Não existe PAC nenhum sem Arcabouço aprovado. É sopa de cifras. Primeiro o Arcabouço. Depois o que couber dentro dele”.

E completou: “O que faz mal ao Brasil não é gastar dentro do que arrecada. O que faz mal ao Brasil é um Dilma 3, PACs megalomaníacos que quebraram o país, destruíram empregos e acabaram com a economia”.

Entretanto, ignorando qualquer argumento racional, o pessoal que retomou o poder está disposto, mais uma vez, a arrebentar as finanças públicas para patrocinar a festa.

Seja como for, há uma lógica por trás da insanidade: se não houver gastança em obras, de onde sairão os pixulécos da turma?

Categorias: OPINIÃO

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