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Incompetência sem limites

Publicado por Caio Gottlieb em

Foram tantas as iniciativas desastrosas do governo Dilma Rousseff, marcado por ter conduzido o país a uma das mais brutais recessões econômicas de sua história, que algumas andam até esquecidas.

Uma delas, bastante emblemática do nefasto período, foi o programa Ciência Sem Fronteiras, que tinha como metas promover a internacionalização da ciência brasileira, incentivar pesquisa inovadora e aumentar a competitividade das empresas nacionais.

Com todas as despesas pagas pelo erário público, milhares de estudantes embarcaram entre 2011 e 2014 para fazer cursos de graduação e pós-graduação em universidades de ponta ao redor do mundo, com o compromisso de voltarem e aplicarem no Brasil os conhecimentos adquiridos lá fora.

Bonito na ideia, mas prejudicado por inúmeras falhas no planejamento, na execução e no controle, o plano revelou-se mais um retumbante fracasso da caótica gestão da presidenta petista.

Analisando meticulosamente os resultados do projeto, um grupo de pesquisadores liderados pelo economista Otavio Conceição, da Fundação Getúlio Vargas, descobriu que os contemplados com a bolsa no exterior mostraram-se menos propensos a virar cientistas do que os colegas que ficaram por aqui.

Para piorar, os objetivos não foram atingidos em três frentes: descontinuidade dos estudos na pós-graduação no Brasil, baixa inserção no mercado como funcionários e pouca disposição para atuarem como novos empreendedores.

Em resumo, para não cansar os leitores descrevendo todos os problemas, tratou-se de um completo insucesso. Uma brincadeira que consumiu mais de 13 bilhões de reais. É isso mesmo que você leu: 13 bilhões de reais que saíram dos bolsos dos contribuintes brasileiros.

Muitos estudantes, por sinal, deixaram os livros de lado na maior parte do tempo para curtir intensamente, às nossas custas, as belezas e as noitadas de cidades como Nova York, Londres, Paris, Lisboa, Madrid e Montreal, não por acaso os destinos mais procurados pelo pessoal que foi em busca de aprimoramento acadêmico internacional.

Tais atividades extracurriculares, aliás, renderam os dois jocosos apelidos pelos quais o programa ficou mais conhecido: Turismo Sem Fronteiras e Baladas Sem Fronteiras.

Seria cômico se não fosse vergonhoso.

Categorias: OPINIÃO

1 comentário

Carlos Eduardo D'Amico · 29/06/2023 às 16:18

Se os pesquisadores da FGV forem mais a fundo nas pesquisas certamente vão identificar super faturamentos no pagamentos efetuados, desvios de verbas, alunos fantasmas, seleções por indicação para participar da Baladas Sem Fronteiras e outras coisas mais, tão costumeiras nas gestões petistas.

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