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Qualquer semelhança com um complô…

Publicado por Caio Gottlieb em

Todo-poderoso presidente do Tribunal Superior Eleitoral, além de ser o mais temido dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes marcou para o próximo dia 22 o julgamento de Jair Bolsonaro no processo em que ele é acusado de levantar suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas em reunião com embaixadores estrangeiros.

Dizem as más línguas que vai ser uma sessão meramente protocolar porque a sorte do ex-presidente já foi antecipadamente selada: ele será condenado e ficará inelegível por oito anos.

Não é necessário possuir uma bola de cristal e nem ter o dom da clarividência para apostar nesse desfecho. Dos aliados aos adversários de Bolsonaro, nos meios políticos, jurídicos e jornalísticos, ninguém espera outra coisa.

Afinal, todos os elementos imprescindíveis para produzir tal desenlace foram caprichosamente reunidos pelo “destino” para afastar qualquer risco de haver resultado diferente.

E não se pode nem dizer que houve uma trama na calada da noite. Tudo aconteceu às claras, à luz do sol, com farto registro dos eventos na imprensa.

Parecendo seguir um roteiro estrategicamente planejado, mas que tratou-se, é claro, de uma incrível coincidência, o relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, liberou-a para julgamento nas horas seguintes à mudança havida na composição do TSE quando dois ministros indicados por Lula, ambos, também por mero acaso, aliados de Moraes, assumiram as vagas que estavam abertas na Corte.

Em mais uma inacreditável sincronia dos fatos, anote-se que as duas escolhas foram anunciadas logo após um almoço entre Lula e Moraes no Palácio da Alvorada.

Diante dessa fantástica conspiração dos astros, lembro, a propósito, daquele histórico dia em que o ministro Gilmar Mendes, ao declarar guerra à Operação Lava Jato pela suposta suspeição do ex-juiz Sergio Moro e juntar-se à maioria dos seus companheiros do STF para anular as sentenças contra Lula, argumentou que o petista era “digno de um julgamento justo”.

Lula nem precisou ser novamente julgado para livrar-se de todas as condenações e voltar à presidência da República.

Já o Bolsonaro, pelo que se vê, terá tudo, menos o que se poderia chamar de um julgamento justo.

Categorias: OPINIÃO

2 comentários

José A Dietrich F° · 12/06/2023 às 15:33

Sim Caio, o mais temido, quando deveria ser o mais respeitado, como são em geral os juízes.

    Sheyla · 13/06/2023 às 12:08

    CULPO OS MILITARES TRAIDORES

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