Reforçando a tropa
Consumando o propósito de manter pleno domínio no Supremo Tribunal Federal, onde já dispõe dos prestimosos serviços de 8 dos 11 integrantes do colegiado, Lula indicou, como já tinha avisado que faria, o seu advogado pessoal Cristiano Zanin para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, também lá colocado por ele em seu primeiro mandato.
Verdadeiro e despudorado acinte à nação, a atitude imoral e antiética de aparelhar a Corte com o seu próprio defensor nos processos que o levaram à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, crimes dos quais ele nunca foi inocentado e nem absolvido, mas apenas “descondenado” pelos amigos togados que lá estão, demonstra que o presidente ungido pelas urnas eletrônicas não quer mais botar no STF pessoas que lhe devotem apenas lealdade.
Quer muito mais do que isso. Quer fidelidade canina. Quer subserviência absoluta.
Quer ter paus-mandados para consolidar o Supremo como um braço jurídico do seu governo, onde poderá obter tudo aquilo que o Congresso Nacional lhe negar e fazer do país uma autocracia nos moldes dos regimes totalitários impostos na Rússia e na Venezuela pelos companheiros Vladimir Putin e Nicolás Maduro.
Ou seja, Lula quer contar com ministros que o protejam a qualquer custo e, se necessário, persigam seus inimigos.
Confirmada a escolha de Zanin, que disputava a nomeação praticamente sem concorrentes, as atenções se voltam agora para a substituição de Rosa Webber, que deixa o cargo o setembro.
Um dos favoritos à futura vaga é o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves, que agradou Lula imensamente ao elaborar o relatório da ação no TSE que conduziu e sacramentou por unanimidade a cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, que, à época na função de procurador federal, coordenou a força-tarefa do Ministério Público na Lava Jato e virou alvo, ao lado do senador e ex-juiz Sergio Moro, do ódio mortal e dos desejos de vingança do petista.
Benedito é o cara.
1 comentário
Olavo Arsênio Fank · 03/06/2023 às 18:52
Lamentável é o quadro que se pinta… uma tela já manchada pelos atos praticados em seus mandatos anteriores, com pinceladas de estrume do período Dilma/Temer, com spray de vários partidos interessados no lucro político desse quadro e com um enorme séquito a admirar algo que não entendem e que assim o fazem para obedecer e/ou agradar seus superiores… Lamentáveis as situações que se avizinham… Triste saber que jovens e inexperientes foram induzidos a admirar, seguir e apoiar alguém já decrépito que constrói um presente de interesses e acaba com a chance de um futuro belo para eles mesmos… Muitos da nossa geração não mais estarão aqui para ver o arrependimento desses jovens… Triste!!!