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Deltan e o terceiro mosqueteiro do lavajatismo no Oeste

Publicado por Caio Gottlieb em

Ainda repercute nos meios políticos da região a vinda de Deltan Dallagnol a Cascavel na sexta-feira (10) da semana passada.

O dia foi de agenda lotada na imprensa, com passagem pelo gabinete do Prefeito Leonaldo Paranhos e almoço com parte do empresariado da cidade.

No almoço, inclusive, pude conversar com o ex-procurador do MPF e desejar boa sorte na batalha para fazer a Lava Jato renascer em Brasília.

Encerrando o dia, houve encontro aberto no Sindicato Rural de Cascavel para receber o deputado federal mais votado do Paraná e o deputado estadual Fabio Oliveira, sua dupla na Assembleia Legislativa.

Para o evento, mais imprensa e auditório lotado. Pode não parecer surpresa já que Deltan, é fato, tem status de celebridade conferido pelos anos em que o bom serviço que prestou à nação ocupou todas as grandes revistas e jornais televisivos do país.

Ocorre que Deltan só informou sobre o evento aberto em suas redes horas antes do início. De onde, então, vinha tanta gente numa sexta à noite?

A mobilização de pessoas para abarrotar o recinto e receber a dupla de parlamentares foi conduzida quase toda pelo economista cascavelense Henrique Mecabô e seus apoiadores.

Ali, de casa cheia, Deltan e Fabio confirmaram o motivo da vinda deles à cidade que deu mais de 15.000 votos para o jovem Mecabô em sua estreia nas últimas eleições: a dupla estava virando um trio.

Deltan e Fabio encontraram em Mecabô um representante direto no interior do estado e, em especial, no Oeste do Paraná.

No auditório do Sindicato, Mecabô foi filiado e empossado vice-presidente do Podemos no Paraná, estando ombro a ombro com Deltan.

Fabio contou que Mecabô havia aceitado convite, além disso, para representar profissionalmente seu gabinete a partir da região Oeste.

Os três mosqueteiros do “lavajatismo” – rótulo dado à indignação com a política tradicional e à busca por renovação política enraizadas no que foi exposto pela Operação Lava Jato – posaram para fotos sob aplausos efusivos, com ficha de filiação assinada e abonada.

Em frase que Henrique Mecabô deixou ecoar nas suas redes, Deltan disse: “votar no Henrique é votar no Deltan, e votar no Deltan é votar no Henrique!” Não se falou explicitamente sobre eleições para além disso, mas a plateia e a mídia especularam.

Olhando para 2026, é quase natural que Deltan ascenda ao Senado e, nisso, se abre espaço no time para um novo deputado federal.

Nota-se que, se houvesse aceitado um primeiro convite de Deltan ainda em 2022, Mecabô seria hoje deputado federal pelo Podemos com os 27.651 votos que angariou no estado.

Quando esse primeiro convite veio, entretanto, Mecabô já havia dado a palavra aos amigos do Partido Novo – que, aliás, estiveram no evento até o final, indicando haver alinhamento e não mágoas com a movimentação do jovem.

Surgiram perguntas, também, sobre o pleito municipal de 2024. A essas, Deltan e Fabio se limitaram a responder que “Henrique está preparado para qualquer cargo que escolha na política brasileira, seja de deputado, prefeito, vice-prefeito ou vereador.”

Deltan frisou que, a qualquer um desses postos, Mecabô teria seu voto. O próprio Deltan é possível candidato em 2024, largando na frente pela Prefeitura de Curitiba.

Será que, depois das boas estreias eleitorais, os mosqueteiros estarão de volta às urnas já no ano que vem? A ver.

Categorias: OPINIÃO

1 comentário

MARCELO · 19/03/2023 às 22:24

Deltan não vai concorrer ao Senado por um único motivo: quociente eleitoral. O Podemos não abrirá mão de um puxador de votos (mais deputados significa mais participação nos fundos partidário e eleitoral). Ademais, essa turma que vem à reboque, creio que Mecabô também, conta com a enxurrada de votos em Deltan, para que tenham chance de uma vaga na câmara. Sem Deltan, a coisa complica.

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