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O poço dos desejos do Sr. Xi

Publicado por Caio Gottlieb em

Desde a era de Mao-Tsé-Tung, que teve início em 1949 e só terminou com a sua morte em 1976, a China não tinha um líder tão forte e incontestado como Xi Jinping.

Candidato único, ele foi reeleito, há poucos dias, pela unanimidade dos 3 mil membros do Congresso Nacional do Povo, para um inédito terceiro mandato de cinco anos como presidente do país, uma função meramente cerimonial, pois o que vale mesmo por lá é o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Chinês, que ele conquistou em outubro passado para exercer também pelo terceiro período consecutivo.

Conhecedor como poucos dos herméticos meandros políticos da China, que já visitou por longas temporadas dezenas de vezes, o empresário Carlo Barbieri, presidente do Oxford Group, a maior organização brasileira de serviços de consultoria nos Estados Unidos, identificou para o blog as principais ambições de Jinping ao reafirmar e consolidar o seu poder quase absolutista à frente da segunda maior economia do mundo.

Sendo o gigante asiático o maior parceiro comercial do Brasil, convém que os nossos governantes saibam que Jinping planeja fazer da China a maior potência global até 2049; ter o domínio do comércio mundial até 2025, controlando a logística internacional; tomar Taiwan por bem ou à força; garantir a segurança alimentar de sua população de mais 1,4 bilhão de habitantes criando novas grandes bases de fornecimento na África e expandindo sua influência política e econômica sobre outras fontes, como é o caso do Brasil; ter sua moeda como referência nas trocas entre as nações, desbancando o dólar desse papel; ter o controle da mídia ocidental para difundir uma narrativa pró-China; ter o controle cibernético internacional; atrair cérebros e tecnologia do ocidente; ampliar o controle sobre o setor privado interno colocando-o prioritariamente a serviço dos interesses do estado; e dotar as Forças Armadas com capacidade operacional superior à dos Estados Unidos.

Viver sob o tacão do imperialismo norte-americano é ruim? Aguarde para experimentar o modelo chinês.

Categorias: OPINIÃO

2 comentários

ERVIN MORETTI · 21/03/2023 às 17:09

Já está difícil voltar atrás. E, parece que o atual governo não está preocupado com estas previsões, muito pelo contrário

Leandro Salomão · 18/03/2023 às 12:50

Caio,
Muito bem exposto e delineado o cenário, O qual deve ser visto e pensado agora no presente do prsente. Depois não haverá como voltar atrás.
A China e seu modelo, quase desconhecido do ocidente, já faz vítimas.
Vide a reportagem do UOL sobre o investidor Mark Mobius.

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