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Retorno ao front

Publicado por Caio Gottlieb em

Apesar de não ter conseguido a reeleição, o ex-deputado Luiz Carlos Hauly, do PSDB paranaense, está de volta à Câmara Federal.

Hauly foi convidado para, nas suas próprias palavras, “manter acesa a chama da reforma tributária enquanto não termina a da Previdência”, atuando como uma espécie de consultor do tema e visando, sobretudo, salvar o projeto que já tramita no Congresso Nacional desde 2017 e do qual era o relator até deixar o cargo, no início deste ano, quando as urnas não renovaram seu mandato.

Durante o período em que esteve na função, ele fez intensa peregrinação pelo país, reunindo-se com lideranças empresariais dos mais diferentes setores produtivos para defender ardorosamente a sua proposta, que consiste, basicamente, na substituição de nove impostos atuais (incluindo ISS, ICMS, IPI e PIS/COFINS) por um único IVA (Imposto de Valor Agregado) cobrado no destino.

Esse modelo, argumenta Hauly, que foi secretário da Fazenda do Estado na gestão do ex-governador Alvaro Dias, é padrão na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade que congrega os países mais ricos do mundo, na qual o presidente Jair Bolsonaro almeja incluir o Brasil.

O problema é que o governo federal pretende encaminhar ao parlamento em maio um novo projeto de reforma tributária, visando mais a simplificação fiscal, e excluindo, pelo menos, um dos principais itens da proposta de Hauly: a redução da carga de impostos.

Já dá para imaginar de que lado os empresários vão ficar.

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