Corrida contra o tempo
Houve um momento, no início da pandemia, que imaginou-se que ela seria facilmente eliminada com a exposição em massa da população ao contágio do novo coronavírus para aquisição da chamada imunidade de rebanho, situação em que as pessoas coletivamente desenvolvem anticorpos contra uma enfermidade.
Mas a ideia foi logo abandonada após a dura experiência vivida pelo Reino Unido que, após orientar seus cidadãos a manter suas atividades rotineiras de trabalho, lazer e relações sociais, sofreu uma súbita e assustadora explosão de casos e de óbitos, agravada por imediata e caótica superlotação de hospitais.
Até o primeiro-ministro Boris Johnson foi infectado e teve que permanecer internado por vários dias em UTI.
Desde então, face a tudo que já se conhece sobre a Covid-19, é consenso entre os especialistas que buscar a imunidade global expondo à população ao vírus não é uma opção viável nem deve ser um objetivo.
Deixar a doença se espalhar com tal finalidade teria consequências catastróficas.
Pesquisadores da Universidade de Chicago calculam que se o vírus for contraído por 67% dos habitantes do planeta, o nível necessário para o mundo atingir a imunidade de rebanho, as mortes podem chegar a 30 milhões de pessoas.
As mesmas estimativas preveem que o Brasil, nesse caso, teria 1 milhão de óbitos.
Ou seja, é uma estratégia absolutamente cruel e inaceitável.
Torna-se, assim, dramaticamente imprescindível a descoberta de uma vacina.
Sem ela, a humanidade não poderá sequer sonhar com um “novo normal” para viver com tranquilidade e segurança, pois enfrentará sobressaltos e lockdowns constantes devastadores para a economia.
Que Deus ilumine e abençoe os cientistas envolvidos na busca do remédio salvador.
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1 comentário
Nilson Silva · 30/06/2020 às 13:10
Sem dúvidas!!! É uma situação delicada que exige consciência, cooperação e solidariedade