Como nos velhos tempos
Todos nós já sabemos que o mundo vai ser outro – aliás, já é – com novos hábitos nas relações humanas, no trabalho, nas diversões, nos cuidados com a higiene e o meio ambiente, em decorrência da Covid-19.
Mas nem tudo neste chamado “novo normal” é algo genuinamente inovador.
Um exemplo dos mais emblemáticos são os cinemas.
Impactado diretamente pelas regras que proíbem grandes aglomerações de público, uma das principais armas no combate à disseminação do novo coronavírus, o setor se reinventa para atender à exigência do distanciamento social trazendo do passado um estilo de lazer que estava praticamente extinto.
Conhecidos como drive-in, os cines ao ar livre, em que se assistem aos filmes de dentro do próprio carro, voltaram a se espalhar pelos quatro cantos do planeta.
Com sessão inaugural prevista para os próximos dias, o primeiro espaço do gênero em Foz do Iguaçu está sendo instalado na área do hotel Recanto Cataratas e terá capacidade para aproximadamente 150 veículos, o que possibilitará reunir cerca de 600 expectadores por sessão.
Registra a história que, apesar de terem alcançado fama através da exibição dos filmes de Hollywood, os cines drive-in surgiram há mais de um século no México.
Mas foi a partir de 1933, quando um magnata norte-americano patenteou a ideia e abriu seu primeiro cinema em Nova Jersey, que o modelo se popularizou, atingindo seu auge entre as décadas de 50 e 60, quando, somente nos Estados Unidos, havia mais de 4 mil drive-ins.
Curiosamente, ainda existe um no Brasil, funcionando em Brasília, ininterruptamente, desde 1973.
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