Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o nosso site e as páginas que visita. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento descrito em nossa Política de Privacidade.

A sensatez falou mais alto

Publicado por Caio Gottlieb em

Ainda que tenha mais defeitos do que virtudes, a PEC dos Precatórios, fórmula encontrada para desatar o nó do teto de gastos, traz, de todo modo, um novo alento para os investidores, acalma o mercado, estimula a retomada do crescimento econômico e ajuda a controlar a inflação.

Incorporando algumas mudanças no texto original aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto validado no Senado concede ao governo um espaço fiscal de mais de 100 bilhões de reais que permitirá pagar o Auxílio Brasil de 400 reais a milhões de brasileiros que sobrevivem na linha da pobreza, ter mais recursos para a aquisição de vacinas e medicamentos para combater a pandemia e manter a desoneração da folha de salários de diversos setores produtivos.

Do jeito que foi concebida, postergando o pagamento de dívidas da União, não é a solução dos sonhos, mas foi a única construção politicamente possível capaz de resolver o problema. É o típico mal necessário.

Tanto que nem o PT, inimigo visceral de Bolsonaro, quis apostar no quanto pior melhor.

Dos seis senadores da sigla, cinco votaram a favor da proposta.

Não é hora de apagar incêndio com gasolina.

Até porque a gasolina anda muito cara…

Categorias:

6 comentários

José Alberto Dietrich Filho · 04/12/2021 às 20:50

Bom comentário caio. Só acho que o judiciário (que emite os precatórios) deveria ir informando o Executivo ao longo do ano sobre as decisões condenatórias que transitaram em julgado, já com cálculos aproximados. Ficam em silêncio e no final do ano chegam apresentando uma conta de R$ 90 BILHÕES. Só mesmo uma PEC para resolver o assunto diante da Lei de Responsabilidade Fiscal. Falta de coordenação entre os dois poderes.

    Luciano Huck · 05/12/2021 às 00:39

    A defesa da União, que é feita pela AGU, ja sabe ao final do processo que perdeu. Então não há cabimento de por a culpa no judiciário de algo que o executivo já teve ciência.

Luciano Huck · 04/12/2021 às 11:07

Gostei desse teto de gasto flexível que o Paulo Guedes inventou. Não vejo problemas com o teto, se não couber, aumentamos ele, simples assim.

    Luciano Huck · 04/12/2021 às 12:51

    Ontem mesmo liguei no banco em que tenho financiamento e já avisei o gerente que tenho outras prioridades de pagamento e não vou pagar o financiamento. Parece que faltou sensatez ao gerente que me mandou pro Serasa. Vai entender esse gerente.

Edvino Borkenhagen · 04/12/2021 às 00:21

O placar foi muito, mas muito mais, confortável que a aprovação de André Mendonça para o STF.
Muitos foram sensatos não querendo ser excrachados como inimigos do povo, e principalmente do povo pobre, mas mesmo assim teve quem votou contra!

MARCELO · 03/12/2021 às 18:55

Não é que o PT não quis apoiar o quanto pior melhor. Quem não gostaria de assumir um governo sem o teto de gastos? Lula e Moro com certeza. Bolsonaro então nem se fala. A mancha negar em todo esse processo foi a volta do mensalão. Isso porque chegou a hora de varrer do mapa as práticas petistas. Imagina se essa hora não tivesse chegado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *