Rumo ao altar
Postei no dia 16 de fevereiro, quando ainda circulava toda sorte de especulações sobre o assunto, a nota que reproduzo abaixo:
“Caso se confirme (os noivos ainda estão ajustando os termos de convivência), o provável casamento de Jair Bolsonaro (hoje sem partido) com o Patriota terá dois momentos de celebração.
O primeiro, no decorrer do próximo mês, será a troca das alianças, representada pela assinatura da ficha de filiação propriamente dita, com a pompa e a circunstância que o acontecimento pede.
O segundo, programado para março do ano que vem, será a grande recepção aos convidados, quando abre-se a chamada “janela partidária”, que permite aos parlamentares mudar de sigla sem o risco de perder o mandato.
Antes de Bolsonaro fazer barba, cabelo e bigode nas eleições para o comando das duas casas do Congresso Nacional (abocanhando o Senado e a Câmara e humilhando seu arqui-inimigo Rodrigo Maia), estimava-se que pelo menos meia centena de deputados e senadores iriam seguir o presidente e ingressar na nova agremiação com ele.
Agora, depois de demonstrar a força de sua articulação política, atraindo o Centrão de mala e cuia para a base do governo, semeando a cizânia nas hostes da oposição e consolidando seu favoritismo para buscar a reeleição, a adesão deve ser bem maior.
Esse pessoal não prega prego sem estopa”.
Só errei no timing do processo, que se inicia com dois meses de atraso.
Discursando nesta segunda-feira (31) na convenção nacional do Patriota convocada especialmente para sacramentar sua filiação, o senador Flavio Bolsonaro afirmou que está definida a entrada do seu pai na sigla para concorrer à reeleição.
Em 2018, Bolsonaro chegou a anunciar que iria filiar-se ao Patriota para disputar a eleição presidencial, mas devido a desentendimentos com a cúpula do partido, acabou indo para o PSL.
Nos últimos meses o amor antigo voltou com tudo e agora só falta marcar a data das bodas.
Como o blog, aliás, havia antecipado.
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1 comentário
Marcelo · 06/06/2021 às 09:10
Se não existissem as legendas de aluguel, nosso presidente seria outro?