Encenação sem limite
Levando às últimas consequências o papel de vítima, mantido pelo farsesco discurso de que está preso por motivos políticos, Lula vem se recusando a deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e ir para o regime semiaberto.
O instituto da progressão lhe é assegurado depois de ter cumprido um sexto da pena de mais de nove anos de prisão a que foi condenado em três instâncias judiciais por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
Mas o ex-presidente diz que só aceita o benefício se for para ganhar liberdade total e ser declarado inocente das acusações que lhe são imputadas.
Trata-se, claro, de uma bravata bem calculada para reforçar perante o eleitorado petista a figura do herói injustiçado, dentro do projeto político de tentar voltar à presidência da República.
Enfim, extrai-se do fato uma verdade cristalina: a campanha com o mote “Lula Livre” promovida por seus correligionários não poderia mesmo dar certo.
Nem ele próprio quer sair da cadeia.