O porto vai secar
Preocupados com a notícia de que Maringá passou por idêntica situação e não conseguiu manter a estrutura similar que dispunha, líderes empresariais e políticos da cidade estão mobilizados para tentar renovar a concessão do “porto seco” de Cascavel, instalado junto ao terminal da Ferroeste e operado pela empresa estatal Codapar, que expira no dia 3 de novembro.
Funcionando sob delegação da Receita Federal, o serviço (oficialmente chamado de Estação Aduaneira do Interior) foi criado para agilizar o desembaraço dos documentos de importação e exportação de mercadorias em regiões do país distantes dos portos habilitados para as atividades do comércio exterior.
Ocorre que os tempos estão mudando.
Especialistas da área ouvidos pelo blog afirmam que, diante das medidas que vêm sendo adotadas para modernizar a arcaica legislação portuária brasileira, as EADIs começam a perder a razão de existir.
Um dos exemplos das novas facilidades que muito em breve entrarão em vigor será a possibilidade de registrar a declaração de importação após o navio adentrar as águas brasileiras, que hoje só pode ser feita depois da descarga da embarcação.
Resumindo, pode até demorar um pouco, mas o processo que levará os portos secos a se tornarem economicamente inviáveis, garantem os conhecedores do assunto, é irreversível.