Empresários em guerra
Tão quente quanto as temperaturas deste final de inverno, o imbróglio da sucessão na Federação das Indústrias do Estado do Paraná está longe de terminar.
Nos capítulos mais recentes da novela, a Justiça do Trabalho de Curitiba mandou suspender a posse da nova diretoria, que estava marcada para o dia 1º de outubro, e determinou a realização da assembleia extraordinária (que havia sido convocada e depois foi suspensa) para analisar um recurso da chapa derrotada na acirrada disputa pela presidência da entidade.
O resultado do pleito, vencido pela diferença de apenas dois votos por Carlos Walter, apoiado pela atual gestão, foi contestado pelo candidato oposicionista José Eugenio Gizzi sob a alegação de irregularidades no processo eleitoral.
A propósito, o mandato de Edson Campagnolo chega ao fim de forma melancólica, debaixo de acusações de falhas de integridade, prática de nepotismo, licitações mal explicadas e falta de transparência administrativa.
Por sinal, até o Tribunal de Contas da União entrou na história e está investigando os elevados valores da verba de representação que inclui uma “ajuda de custo” para o presidente, sobre a qual paira a suspeita de ser um disfarce para enrustir o recebimento de salário, que é expressamente vedado por lei e pelos estatutos da Fiep.
Aliás, uma “ajuda” na faixa dos 100 mil reais. Por mês.