Gugu convoca — e a segurança de Cascavel entra em pauta
A sensação de insegurança em Cascavel, que vinha ganhando corpo nas conversas de esquina, nas redes sociais e no noticiário local, finalmente foi parar onde precisa estar: na mesa das autoridades. A iniciativa partiu do deputado estadual Gugu Bueno, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, que convocou uma ampla reunião com os principais nomes da segurança pública do Estado para tratar do assunto com a urgência que o momento impõe.
O encontro ocorreu nesta quinta-feira (3), em Cascavel, e contou com a presença do secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Teixeira, além de representantes das forças policiais, do Judiciário e da administração municipal. Na pauta, ações diretas para enfrentar a crescente violência protagonizada por grupos de moradores de rua, que vêm utilizando espaços públicos como abrigo — e, em alguns casos, como cenário de delitos.
“É preciso dar uma resposta à população”, disse Gugu, com a objetividade que o tema requer. O parlamentar reconheceu os avanços já promovidos na segurança do Paraná — como os mais de 5 mil policiais contratados nos últimos anos e o projeto que prevê o retorno de policiais da reserva —, mas frisou que o município vive um momento específico que pede medidas urgentes e coordenadas.
Não se tratou de uma reunião simbólica. Algumas decisões foram anunciadas ali mesmo, no calor do debate. O prefeito Renato Silva informou a contratação imediata de 28 novos agentes para a Guarda Municipal, reforçando o efetivo nas ruas. Também foi divulgada a reforma do prédio que abrigará a base do BPFron, nas proximidades da Avenida Assunção, e o avanço de obras para a instalação da nova sede da Polícia Federal e da base da PRF junto ao aeroporto.
A cidade também receberá a Esfaep, escola de formação de agentes penitenciários, no prédio do antigo Caom, na região do Morumbi.
A mensagem foi clara: quem precisa de acolhimento, terá; quem opta pelo crime, encontrará resposta firme do Estado. E Gugu Bueno fez questão de reforçar essa distinção. “Cascavel tem todas as condições de cuidar dos que querem ser cuidados. Mas os que utilizam as ruas para cometer crimes têm que ser tratados como bandidos. E a resposta precisa ser dura, com estrutura e presença”, afirmou.
O coronel Hudson, por sua vez, destacou que a situação não é isolada. Cidades como Maringá, Londrina e até Camboriú enfrentam problemas semelhantes. Segundo ele, muitos desses grupos surgem a partir de fluxos migratórios de trabalhadores da construção civil, que, sem emprego, acabam vagando pelas ruas e delinquindo.
O fato é que a reunião deixou de lado o protocolo e partiu para a ação. Município, Assembleia Legislativa e Governo do Estado saíram do encontro comprometidos com o reforço estrutural da segurança pública em Cascavel. A mobilização tem a assinatura de Gugu Bueno, que mais uma vez demonstra sintonia com as demandas reais da população e coragem para tratar de um tema delicado com a seriedade e a firmeza que a situação exige.
Porque, quando o Estado se omite, o medo ocupa o espaço. E quando o Estado se organiza, o cidadão volta a respirar com tranquilidade.