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Samanta Pineda: a inteligência verde que floresce no agro brasileiro

Publicado por Caio Gottlieb em

Especializada em Direito Socioambiental, a advogada Samanta Pineda é uma das vozes mais lúcidas e firmes na defesa da sustentabilidade dentro do agronegócio brasileiro.

Coautora do Código Florestal e presença constante em fóruns, entrevistas e eventos do setor, ela é hoje referência obrigatória quando o tema é produção responsável aliada à conservação ambiental.

Propagadora do conceito de que “a forma de produzir do Brasil é sustentável por si”, Samanta combate o mito — alimentado por campanhas internacionais enviesadas — de que o agronegócio brasileiro seria predatório.

Ao contrário, enfatiza ela, o setor é protagonista na oferta de soluções globais para os desafios da segurança alimentar, energética e climática.

E não é discurso vazio. Samanta sustenta suas afirmações com práticas já consolidadas no campo, como sistemas de integração, plantio direto, fixação de carbono no solo, uso de bioinsumos e o cumprimento das áreas de preservação permanente e reservas legais mantidas pelos produtores.

Mas nada é tão eficaz quanto a didática dos bons exemplos. E Samanta sabe disso. Em suas palavras, com clareza rara entre especialistas, ela explica:

“Pé de soja, faz fotossíntese; pé de cana, faz fotossíntese; pé de milho, faz fotossíntese, fixa carbono no solo. É possível ganhar duas vezes! Isso é muito significativo. Esse é o ponto. Nós temos, no agronegócio brasileiro, uma fonte de captação de carbono, de fixação de carbono no solo e de uso dessas fontes. Vou pegar cana, a cana que é um exemplo fácil de dar. Quando a cana está crescendo, ela está fazendo fotossíntese, sequestrando carbono, fixando carbono no solo. Quando eu colho essa cana, eu fabrico biocombustível que é o biodiesel, o álcool, o etanol. O bagaço da cana serve para cogeração de energia, muitos produtores rurais já têm um ciclo fechado, eles já são autossuficientes em produção de energia. Com o que sobra, que tem ali a vinhaça, torta de filtro, que seriam os resíduos da cana, eu faço fertirrigação na lavoura de novo. Eu consegui fazer um ciclo de economia circular com captação de carbono, produzindo um biocombustível. Gente, isso é ouro para o mundo!”.

Com esse tipo de argumento — técnico, palpável e embasado —, Samanta Pineda desmonta narrativas mal-intencionadas que tentam taxar o Brasil como vilão ambiental. Ela também aponta fragilidades que ainda precisam ser enfrentadas, como a carência de dados atualizados e precisos sobre a produção agropecuária, defendendo investimentos em pesquisa e transparência.

Seu trabalho, portanto, não é apenas jurídico ou técnico. É também educativo. Ao mostrar que produtividade e sustentabilidade podem — e devem — andar juntas, Samanta fortalece não apenas o agro, mas a imagem do Brasil como potência ambiental e agrícola.

Com gente como ela no front, fica mais difícil vender lá fora a ideia de que o Brasil é um país que desmata para produzir. Porque a verdade é que o país planta, preserva, captura carbono — e ainda gera energia limpa com tudo isso.

Com Samanta Pineda, o agronegócio brasileiro encontra não apenas uma jurista ou uma especialista, mas uma intérprete de sua alma mais profunda — aquela que sabe que a terra não é inimiga da floresta, nem o progresso da natureza.

Sua voz é como uma semente boa: onde cai, germina consciência. E num mundo onde tantos apontam o dedo para o Brasil, é dela — com dados, coragem e clareza — que brota uma defesa que não é reativa, mas propositiva, madura e transformadora.

Em tempos de desinformação acelerada, Samanta não apenas fala pelo agro — ela o traduz com beleza, firmeza e verdade.

Categorias: OPINIÃO

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