O preço de um erro
Ele foi eleito como a grande, talvez última, esperança dos argentinos de, ao mesmo tempo, se livrarem do peronismo que há mais de 60 anos corrói o estado e recolocar o país nos trilhos da prosperidade depois dos dois desastrosos mandatos populistas de Cristina Kirchner.
Quatro anos depois, porém, o presidente Mauricio Macri precisa de um milagre para evitar uma fragorosa derrota já no primeiro turno (como apontaram as prévias do dia 11 e as pesquisas divulgadas nesta semana) para o peronista Alberto Fernández, que tem como vice justamente a ex-presidente, que responde, é bom lembrar, assim como seu aliado Lula, a diversos processos por corrupção.
Ou seja, a disposição dos hermanos de trazerem Cristina de volta ao poder dá bem uma ideia do seu desalento.
Quanto a Macri, ao optar por manter a popularidade em alta visando a reeleição e postergar as duras reformas que se faziam necessárias e urgentes para resolver a crise, ele vai entregar a Argentina pior do que recebeu.
Não é a política que poderá derrotá-lo em outubro.
É a economia.
Uma amarga lição que serve de alerta para muita gente.