Mais fumaça do que fogo
MNinguém é tão estúpido para não se preocupar com os incêndios criminosos que afligem a Amazônia desde que a dita civilização europeia aportou nestas paragens tropicais, e que costumam aumentar em tempos que combinam altas temperaturas com secas prolongadas.
Mas, neste momento, seja por desinformação ou ignorância, seja por oportunismo político interno, seja por demagogia eleitoreira e interesses econômicos de governos estrangeiros, há mais histeria em torno do problema do que fatos concretos e fundamentados para se dizer que há um agravamento da situação.
Muito pelo contrário.
Os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que foram registrados, até esta sexta-feira (23), 76.720 pontos de queimadas no ano.
Trata-se de uma parcial muito distante e que seguramente não chegará nem próxima dos picos históricos registrados em 2004 (380 mil focos), 2005 (362 mil) e 2007 (393 mil), durante os governos Lula.
Aliás, ouve-se até hoje o silêncio ensurdecedor dos ambientalistas da época.