Sai um, chega outro
Batizada de Carbonara Chimica, a 63ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (21), cumpriu duas ordens de prisão temporária e onze de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia.
Aprofunda-se nessa etapa a investigação dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos pelos ex-ministros Antonio Palocci (delator do esquema) e Guido Mantega, que chefiaram a pasta da Fazenda nos governos do PT e são acusados de receber pagamentos da Odebrecht em troca da edição de medidas provisórias que concederam à empresa o direito de quitar débitos do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com a utilização de prejuízos fiscais de exercícios anteriores.
Identificados nas planilhas de propina da empreiteira, respectivamente, como “Italiano” e “Pós-Itália”, daí o nome da operação, Palocci cumpre prisão domiciliar (beneficiado por sua colaboração com a justiça) e Mantega, ainda solto, passou agora a usar tornozeleira eletrônica.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Luiz Antonio Bonat, sucessor de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde correm os processos da Lava Jato que já condenaram e botaram na cadeia ilustres figurões do empresariado e da política, entre os quais o ex-presidente Lula.
Para nossa sorte, há mais Moros no judiciário brasileiro do que as organizações criminosas podem sonhar em seus piores pesadelos.