De olhos bem abertos
Maior empresa chinesa de infraestrutura, a China Communications Construction Company botou as cartas na mesa para mostrar o tamanho do seu apetite para fazer negócios de grande porte no Brasil.
Com foco prioritário em portos, ferrovias, desenvolvimento urbano e indústria, ela está avaliando nada menos que 26 projetos em diversas regiões do país que, somados, totalizam investimentos de 102 bilhões de reais nos próximos dez anos.
Entre as principais obras que despertam a cobiça da poderosa CCCC estão a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará o Tocantins à Bahia, e a Ferrogrão, conectando os estados de Mato Grosso e Pará.
Não há notícia de que esteja na lista a estratégica estrada de ferro que o Paraná sonha construir entre Dourados (MS) e o porto de Paranaguá, utilizando os trilhos da Ferroeste no trecho de Cascavel a Guarapuava e assentando, dali pra frente, os dormentes de um novo traçado através da Serra do Mar até o litoral.
Se as lideranças políticas e empresariais do estado não se mobilizarem logo para atrair o interesse dos chineses, vão perder o bonde da história.
Melhor dizendo, o trem.
